Foto: Marcos Correa / Agência O GloboLul
Publicado por Nicole Giffoni - 14 de março de 2022
Mesmo com a adesão ao Centrão impulsionando o arco de alianças para a
reeleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) terá pela frente um cenário mais
adverso na tentativa de alastrar a campanha pelo país, na comparação com os
antecessores que buscaram renovar o mandato presidencial.
Levantamento mostra que os partidos que devem fazer parte da coligação
do titular do Palácio do Planalto elegeram menos prefeitos e deputados federais
do que as siglas que estavam ao lado de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em
1998, e Dilma Rousseff (PT), em 2014. Os dados foram publicado no O Globo.
No paralelo com Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2006, o patamar na
Câmara é semelhante, e o volume de municípios que têm à frente um integrante de
legenda aliada é bastante superior. “Um ponto, no entanto, torna esta análise
imprecisa: em 2006, valia a regra da verticalização, em que as alianças
nacionais tinham que ser reproduzidas fielmente nos estados, o que inibia os
acordos”, ressalvou o Globo.
Alianças de Bolsonaro
Levando-se em consideração o resultado das urnas em 2020, o bloco de
apoio a Bolsonaro tem 1.444 prefeitos. Quando FH se candidatou a mais quatro
anos, sendo eleito em primeiro turno, a coligação englobava 2.960 chefes de
executivos municipais. Já em 2014, ano em que Dilma superou o tucano Aécio Neves
no segundo turno, as legendas do grupo estavam representadas em 2.930
prefeituras. Lula, por sua vez, contava formalmente com 421 prefeitos.
Analistas destacam que lideranças locais exercem papel importante por
darem capilaridade às campanhas, amplificando as mensagens e o potencial de
votos dos candidatos. Há outros fatores que podem ser acrescidos à desvantagem
matemática. Importante destacar que existem prefeitos e parlamentares de siglas
alinhadas ao Planalto que vão apoiar Lula, principal adversário de Bolsonaro.
Em Nova Iguaçu, por exemplo, quarto maior colégio eleitoral do Rio, o
prefeito Rogério Lisboa (PP) disse que fará campanha para o petista. O PP, a
despeito de comandar a Casa Civil, posto-chave do governo, liberou as
lideranças locais a se posicionarem como bem entenderem.
O Nordeste também está incluso nisso, sendo uma das regiões em que o
desempenho de Bolsonaro está abaixo de sua média nacional. O deputado federal
Eduardo da Fonte, presidente do PP em Pernambuco, também já anunciou que estará
com Lula.
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