Por Fernando
Brito | 7 de Março de 2022
Gustavo
Queiroz e Luiz Vassallo, d’O Estado de S.Paulo, desenham neste domingo o clima
fúnebre da campanha do ex-juiz Sergio Moro à Presidência, segundo eles,
“marcada nos últimos meses por eventos pouco concorridos e sem a presença de
líderes partidários”.
“O ex-juiz tem
participado de eventos com público reduzido, nos quais fala, basicamente, para
antigos apoiadores e fãs da Lava Jato. E ainda não conseguiu arregimentar
apoios relevantes. Moro enfrenta desgastes internos no Podemos. Diante dessa
situação, ele se cercou de um grupo de confiança, apartado da cúpula do
partido. A exemplo do ex-juiz, alguns dos integrantes desse núcleo são novatos
em eleições”.
A preocupação
central de Moro, é que o Podemos estaria “rifando” a sua candidatura, para não
ter de gastar nela a sua cota do Fundo Eleitoral.
O remédio,
então, é fazer uma “caixa privada” de campanha, com uma meta de “arrecadar R$
25 mil por mês de um universo de aproximadamente 40 empresários. A ideia é ter
R$ 1 milhão mensal para a campanha.”
Como não há
(em tese) financiamento privado de campanha, estas doações teriam de ser ao seu
partido, o Podemos, para que fossem repassadas à campanha, mas o partido diz
que não existe qualquer combinação para isso.
Os repórteres
descrevem sua relação com o partido como ‘separação de corpos’, ou seja, apenas
a de manter a fachada.
Pior que não
ter dinheiro é não ter palanques estaduais, que ajudam a empurrar uma
candidatura: segundo levantamento de O Globo, Moro só tem candidato definido no
Distrito Federal, José Antônio Reguffe e duas alianças encaminhadas, no Paraná
e no Mato Grosso do Sul. Ou seja, 10% dos estados brasileiros.
No mais
importante deles, São Paulo, tinha um, ainda que ridículo, mas o “Mamãe Falei”
acaba de mergulhar numa lata de lixo.
Moro pode
jurar de pés juntos que não troca de candidatura, para senador ou deputado, mas
a realidade da política o está empurrando a isso.
Um pena,
porque seria mais didático que ele permanecesse candidato, com um ou dois por
cento, para ser reduzido ao tamanho que tem.
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