Para O Globo, Petrobras deve ser tratada como lixo
Jornal da família Marinho apoiou o golpe de
estado de 2016, que trouxe os combustíveis mais caros da história, e agora quer
acelerar a venda de refinarias
19 de março de 2022
O jornal O Globo, que defendeu o golpe de estado de 2016 contra a
ex-presidente Dilma Rousseff, que teve como objetivo central fazer com que os
brasileiros pagassem muito mais caro pela gasolina, pelo diesel e pelo gás de
cozinha, de modo a favorecer os acionistas privados da Petrobrás, hoje defende,
em editorial, a venda das refinarias da empresa – o que tornaria a energia
ainda mais cara no Brasil e garantiria um subdesenvolvimento eterno ao País.
"Há um elefante atrapalhando a discussão a respeito do preço dos
combustíveis, que a classe política teima em não querer enxergar: o domínio da
Petrobras sobre o mercado de refino no Brasil. Mesmo que, desde 1997, a estatal
legalmente não detenha mais o monopólio, na prática a concorrência não chegou
ao setor. Das 17 refinarias que produzem combustível no país, quatro são
privadas, mas elas respondem por apenas 1,3% do petróleo processado, segundo o
último anuário da Agência Nacional do Petróleo. O resto é controlado pela
Petrobras, cuja política de preços determina o valor cobrado na bomba",
escreve o editorial do jornal da família Marinho. "Para que isso se torne
realidade, é preciso mais que o presidente Jair Bolsonaro se dizer disposto a
privatizar a Petrobras amanhã. A classe política tem de entender que a melhor
forma de impor limites aos poderes da estatal sobre os preços é criar um
mercado competitivo para valer."
O jornal dos Marinho, que sempre combateu a Petrobrás e a independência
energética do Brasil, ignora que as refinarias privadas cobram mais caro e que
todos os especialistas sérios em energia, como o professor Gilberto Bercovici,
da Universidade de São Paulo, apontam que a política de preços da Petrobrás,
imposta aos brasileiros após o golpe de estado de 2016 apoiado pelo Globo,
trouxe fome, miséria e desemprego.
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