Por Fernando
Brito | 2 de Março de 2022
Mercados
fechados ou fechando no exterior, já é possível ver a impacto que teremos,
amanhã, no mercado financeiro brasileiro e nos preços das commodities que, se
dão mais dinheiro aos exportadores, refletem-se impiedosamente nos nossos
preços internos.
O petróleo
subiu cerca de 10% no exterior. Quando a Petrobras fez seu último reajuste, o
barril do tipo Brent custava 85 dólares. Está, agora, a 107, quase 26% de
aumento.
Ainda que o
dólar permanecesse a R$ 5,15 – e não vai permanecer -, um pelo outro, significa
um desnível de 17,8%.
Trigo, soja e
milho, entre outras mercadorias, tiveram aumentos expressivos, que vão influir
nos preços ao consumidor brasileiro.
Este, porém, é
o melhor cenário, por agora.
Pode piorar,
se houver de fato a grande ofensiva russa esperada para as próximas horas. Pode
sofrer um alívio se a entrada da China na mediação entre Rússia e Ucrânia,
embora isso não pareça próximo, ainda que seja a melhor chance que tem, agora,
a pacificação.
Mas é preciso
reconhecer que estas chances não são grandes, porque é muito difícil que se
possam fazer os recuos necessários – retirar as sanções à Russia e dar
garantias de que a Ucrânia não se incorporará ao cerco atômico da Otan ao país
– sejam mais difíceis do que as tropas deem passos atrás.
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