Bolsonaro. Foto: Reprodução
19 de abril de 2022
Acusado de descumprir acordo feito com a PF, o presidente Jair Bolsonaro
precisou montar ontem uma operação de emergência para tentar debelar crise com
a categoria.
O governo avalia ceder mais aos servidores públicos, após diferentes
categorias demonstrarem insatisfação com um reajuste linear de 5% para todo o
funcionalismo.
Representantes da classe ficaram insatisfeitos com a decisão do governo
de reajustar o salário de todos os servidores da administração federal em 5% e
cobram um aumento maior do que os demais.
As reivindicações e o clima de revolta com o governo ameaçam a boa
relação do presidente com um segmento que é um pilar eleitoral para ele. Desde
o início do governo, as categorias policiais têm sido privilegiadas com várias
concessões do governo, por serem considerada estratégicas no seu plano de
reeleição.
Numa tentativa de acalmar os ânimos, Bolsonaro escalou o ministro da
Justiça, Anderson Torres, para se reunir ontem com representantes de dez
entidades ligadas aos policiais, num encontro marcado às pressas, diz o Globo.
Na conversa, na sede da pasta em Brasília, Torres disse que o martelo
ainda não estava batido sobre o aumento a todo o funcionalismo e que ainda
tentaria reverter a situação, apresentando uma proposta em que o governo de
alguma forma desse um reajuste diferenciado para as forças de segurança. Além
do aumento maior que os 5%, a categoria reivindica uma reestruturação nas carreiras,
outra promessa de Bolsonaro.
Segundo presentes, o clima de insatisfação da categoria ficou explícito
no encontro com o ministro. Representantes dos policiais relataram a Torres que
estava difícil “segurar a base” e que assembleias de servidores foram marcadas
para hoje a fim de deliberar sobre uma reação ao não cumprimento das promessas
feitas pelo governo.
A expectativa dos policiais é que, com a pressão, consigam um reajuste
salarial entre 16% e 20% para recompor as perdas inflacionárias dos últimos
anos.
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