Deputados Elias Vaz e Marcelo Freixo mais as Forças
Armadas ao fundo (Foto: Agência Câmara / Agência Brasil)
"Tudo indica que o governo Bolsonaro
ainda comprou acima do preço de mercado", destacou o deputado Elias Vaz,
que recorreu ao MPF junto com o deputado Marcelo Freixo
12 de abril de 2022
Os deputados federais Elias Vaz (PSB-GO) e Marcelo Freixo (PSB-RJ) vão
acionar o Ministério Público Federal para pedir investigação sobre indícios de
superfaturamento na compra de Viagra para as Forças Armadas. O índice pode
chegar a 143%, segundo levantamento dos parlamentares.
“Além de gastar dinheiro público com Viagra, tudo indica que o governo
Bolsonaro ainda comprou acima do preço de mercado. O Congresso Nacional e a
toda a sociedade merecem uma explicação. O brasileiro está amargando um
reajuste terrível no valor de medicamentos e faltam remédios para doenças
crônicas nas unidades de saúde. Enquanto isso, o governo tá gastando para
atender as Forças Armadas com Viagra”, destaca Elias Vaz.
O processo 00106/2020, com o princípio ativo Sildenafila, composição Sal
Nitrato (nome genérico do Viagra), para a compra de 15.120 comprimidos de 25
mg, estabelece como preço unitário R$ 3,65. A data da compra, para atender a
Marinha, é 7 de abril de 2021. Acontece que outro processo, de número
00099/2020, para aquisição do mesmo medicamento, teve valor muito mais baixo. A
data da compra, que atendeu o Exército, é 14 de abril de 2021 e cada comprimido
saiu por R$1,50. Os dois processos são para atender unidades do Rio de Janeiro.
“Esperamos que o MPF investigue essa situação. Essa farra do governo Bolsonaro
com dinheiro público tem que acabar”, afirma o deputado Elias Vaz.
Nesta segunda-feira (11), o parlamentar também apresentou requerimento
pedindo explicações ao Ministério da Defesa sobre processos de compra de 35.320
comprimidos do medicamento para atender Marinha, Exército e Aeronáutica. O
parlamentar identificou no Portal da Transparência e no Painel de Preços do
governo federal oito pregões homologados em 2020 e 2021 e ainda em vigor neste
ano.
0 comments:
[ Deixe-nos seu Comentário ]
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor