(Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)
"Os juros baixos eram uma das poucas
vantagens de Bolsonaro na economia", avalia o empresariado, que agora vê a
Selic em 11,75%
17 de abril de 2022
Empresários pró-Jair Bolsonaro (PL) estão insatisfeitos e reclamam nos
bastidores da alta dos juros, de acordo com a Folha de S. Paulo. Eles dizem que
a alta do índice reduziu o retorno financeiro dos grupos, comprometendo planos
futuros de expansão.
"Em conversas privadas, grandes empresários avaliam que os juros
baixos eram uma das poucas vantagens de Bolsonaro na economia diante da
implosão da agenda liberal, que prometia um Estado menor e menos intervenção na
atividade econômica", diz a reportagem.
No primeiro ano do governo Bolsonaro, 2019, a Selic, taxa básica de
juros, estava em 6,50%. Em 2020, com a pandemia, caiu para 2%, partindo de uma
tentativa do Banco Central de estimular a economia.
Com a deterioração do cenário econômico interno e global, o Banco
Central passou a Selic de 2,75% no início de 2021 para 11,75% em março de 2022.
A tendência é que a taxa continue em alta.
A avaliação do empresariado é de que a situação pode comprometer a
reeleição de Bolsonaro. O ex-presidente Lula (PT), esperam os empresários,
deverá defender uma agenda de apoio ao trabalhador e de estímulo à economia na
tentativa de atacar os juros e estimular o mercado de crédito.
Diante da ameaça, Bolsonaro corre para liberar dois programas de
financiamento às empresas do país, especialmente pequenas e médias. Elas são
responsáveis por mais de 90% dos empregos formais do país.
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