O presidente Jair Bolsonaro com os pastores Gilmar Santos
e Arilton Moura – Foto: Carolina Antunes/Presidência
15 de abril de 2022
Desde o começo do governo do presidente Jair Bolsonaro, o pastor Arilton
Moura Correia foi ao Palácio do Planalto 35 vezes. Já o pastor Gilmar Silva dos
Santos esteve na sede oficial de trabalho da presidência em 10 oportunidades no
mesmo período. Ambos são investigados por atuarem como lobistas no Ministério
da Educação.
Os dados foram solicitados pelo jornal O Globo ao Gabinete de Segurança
Institucional, que entregaram as informações nesta quinta-feira (14).
Gilmar foi ao Planalto do Palácio pela primeira vez em 21 de fevereiro
de 2019. Na ocasião, ele visitou a Casa Civil, que era comandada por Onyx
Lorenzoni. Já Arilton esteve no local no primeiro mês do governo Bolsonaro. Na
época, seu destino foi o GSI.
A última vez que os dois pastores estiveram no Planalto foi em 16 de
fevereiro deste ano. Eles visitaram a Casa Civil, atualmente comandada pelo
ministro Ciro Nogueira.
Freixo e Orlando Silva pedem à PGR fim do sigilo de 100 anos do
escândalo no MEC
Os deputados federais Marcelo Freixo (PSB) e Orlando Silva (PCdoB)
entraram nesta quinta-feira (14) com uma queixa na Procuradoria-Geral da
República (PGR) contra o sigilo de 100 anos determinado pelo Gabinete de
Segurança Institucional sobre as idas dos pastores Arilton Moura e Gilmar
Santos ao Palácio do Planalto. A informação é da jornalista Monica Bergamo.
O GSI não quis fornecer os registros de visitas dos dois líderes
religiosos, responsáveis pelo escândalo do MEC, pedidos pelo jornal O Globo
através da Leis de Acesso à Informação. A pasta afirmou que tinha obrigação de
manter a segurança do Governo Federal.
Na solicitação feita ao procurador-geral da República, Augusto Aras, os
parlamentares apontam que o sigilo não tem justificativa e é ilegal. Eles ainda
explicam que as informações solicitadas não são referentes à vida privada do
presidente da República, mas sim a “indícios de corrupção no Ministério da
Educação”.
Freixo e Silva querem que a informação seja divulgada depois que ocorrer
investigação dos supostos crimes no MEC.
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