(Foto:
Divulgação | FUP | ABr)
"Bolsonaro mente mais uma vez quando diz não poder mudar o
PPI (Preço de Paridade de Importação", diz o coordenador-geral da
Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar
9 de maio de
2022
O
coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar,
criticou Jair Bolsonaro (PL), nesta segunda-feira (9), após a Petrobras
anunciar o aumento de 8,87% no preço do diesel nas suas refinarias - o reajuste
passa a valer a partir desta terça-feira (10).
"Jair
Bolsonaro debocha do povo brasileiro ao esconder que o único responsável pelos
aumentos absurdos nos preços dos combustíveis é ele mesmo", disse Bacelar.
"Bolsonaro mente mais uma vez quando diz não poder mudar o PPI, política
que reajusta preços de acordo com a variação do petróleo no mercado
internacional, oscilação cambial e custo de importação, mesmo o Brasil sendo
autossuficiente em petróleo", acrescentou.
De acordo com
o dirigente, "a equivocada política de Preço de Paridade de Importação
(PPI) é obra nefasta do Executivo'. "Ou seja, o PPI não é fixado por lei,
como quer fazer crer o Presidente da República', disse.
"Bolsonaro
não muda a política de reajustes porque não quer desagradar acionistas
privados, que têm no PPI a garantia de altos lucros gerados pela estatal, cuja
diretoria é nomeada pelo próprio presidente da República. O foco da Petrobrás
hoje é gerar e distribuir valor para acionistas. Mais de 45% são investidores
estrangeiros, com ações da Petrobras nas bolsas de São Paulo e de Nova Iorque",
acrescentou.
O coordenador
destacou que o "PPI foi criado por Michel Temer em outubro de 2016 e
mantido por Bolsonaro". "Em sua gestão, de janeiro de 2019 a 9 de
maio de 2022, houve aumento nas refinarias, de 155,8% na gasolina, 165,6% no
diesel e 119,1% no GLP, levando o preço médio do botijão de gás de 13 quilos
para acima de R$ 120,00", disse.
"O novo
aumento do diesel anunciado nesta segunda-feira (9/5) é mais uma medida com
impactos cruéis sobre a inflação e que contribui ainda mais para a explosão dos
preços da comida dos brasileiros", complementou. "A estratégia da
Petrobrás, sob a vigência do PPI, está ancorada na geração de caixa com
objetivo de ampliar a distribuição de dividendo. Com sua política de pouco caso
com o brasileiro, Bolsonaro promove uma brutal transferência de riqueza dos
mais pobres para os mais ricos", finaliza.
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