Sergio Moro (Foto: Reprodução/Facebook | Reuters)
Jornalão
golpista defende o ex-juiz suspeito que quebrou todas as construtoras
brasileiras e desempregou 4,4 milhões de trabalhadores brasileiros, segundo o
Dieese
25 de maio de 2022
"Sergio Moro pode ter cometido muitos erros ao conduzir os
processos da Operação Lava Jato. Mas a quase ruína da Petrobrás não lhe pesa
sobre os ombros", diz editorial do Estado de S. Paulo publicado nesta
quarta-feira (25), em defesa do ex-juiz parcial Sergio Moro (União Brasil-SP)
que, fazendo uso do sistema de Justiça em interesse próprio, causou danos
bilionários à economia brasileira.
Na peça em defesa do ex-juiz, o jornalão que advoga para Moro não
menciona o estudo da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que atesta a
destruição causada pela Lava Jato: o Brasil perdeu R$ 172,2 bilhões de reais em
investimentos, 4,4 milhões de trabalhadores perderam seus empregos,
empreiteiras que vinham conquistando até mesmo o mercado internacional, como a
Odebrecht e Camargo Corrêa, foram arrasadas, a massa salarial da classe
trabalhadora foi reduzida em cerca de R$ 85 bilhões e investimentos na
Petrobrás foram reduzidos.
Moro tornou-se réu em ação apresentada por parlamentares do PT - e
assinada por diversos juristas - que pedem que o ex-juiz parcial seja condenado
a ressarcir os cofres públicos pelos danos causados por sua atuação enviesada
na Lava Jato. Um dos signatários da ação, o advogado e jurista Fernando Augusto
Fernandes, lembra: "além dos abusos processuais, ele [Moro] gerou
evidentes prejuízos ao Estado que precisam ser ressarcidos, como os gastos da
condução coercitiva de Lula e os gastos com monitoramento de advogados".
Opositores de Moro têm defendido - corretamente - que o ex-juiz parcial
tenha seu direito de defesa respeitado durante o processo, 'benesse' à qual
perseguidos pela Lava Jato não tiveram acesso.
O Estado de S. Paulo acusa o PT de usar a ação contra Moro como peça de
campanha e repete a ladainha de que as decisões de Moro enquanto magistrado
foram validadas por juízes de tribunais superiores. Vale lembrar que a mais
alta Corte do Brasil, o Supremo Tribunal Federal (STF), já declarou a
parcialidade de Moro. Até mesmo o Comitê de Direitos Humanos da Organização das
Nações Unidas (ONU), uma Corte mundial, portanto, reconhece os excessos
cometidos por Moro.
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