"Ninguém se elege com rejeição acima
de 50%", escreve Alex Solnik
28 de maio de 2022
Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde,
Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os
quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A
guerra do apagão" e "O domador de sonhos"
...
Desde a primeira campanha de reeleição, em 1998, um fenômeno se repete:
a seis meses das eleições, os que a tentavam estavam em primeiro lugar nas
pesquisas e com larga vantagem sobre o segundo colocado.
O último Datafolha dá 21 pontos de vantagem para Lula - 48% a 27% -, no
Ipespe de hoje a diferença é de 11 pontos - 45% a 34% - mas as colocações não
mudam. É sempre Lula em primeiro e Bolsonaro em segundo. Lula se aproximando
dos 50% e Bolsonaro patinando nos 30%, no caso mais otimista para ele.
O que também torna a derrota de Bolsonaro inevitável é a alta rejeição,
também recorde entre ex-presidentes a cinco meses das eleições.
Ninguém se elege com rejeição acima de 50%. Se a maioria não vota nele
de jeito nenhum, não tem como ganhar a maioria indispensável no segundo turno.
Lula ainda não ganhou, mas Bolsonaro já perdeu.
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