Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Paulo Whitaker)
A maioria dos brasileiros - 7 em cada 10 -
é contra o armamento da população. Índice cresce entre pretos e pobres
1 de junho de 2022
Em levantamento realizado pelo Datafolha, a maioria dos brasileiros diz
rejeitar a agenda armamentista de Jair Bolsonaro (PL). Os que são contra o
armamento da população representam 72%, mas o índice sobe para 78% entre os que
se autodeclaram pretos e para 75% entre quem tem renda de até dois salários
mínimos.
Em relação à frase "é preciso facilitar o acesso de pessoas às
armas", 78% da população preta discorda. No geral, a discordância é de
71%.
A pesquisa ouviu 2.556 pessoas de 181 municípios do país nos dias 25 e
26 de maio. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para
menos.
Diretora de pesquisa do Instituto Igarapé, Melina Risso, afirma à Folha
de S. Paulo que "os resultados apontam que a população brasileira é contra
a flexibilização no acesso a armas e não acredita que elas funcionem como
instrumento de defesa nem de segurança, o que é consistente com achados
anteriores. (...) A população brasileira não é pró-armas, apesar da
intencionalidade da mais alta liderança do país, que faz as vezes de um
garoto-propaganda de armas no Brasil".
Ela também destaca a maior discordância de pretos e pobres em relação ao
armamento. "Os recortes de raça e de renda podem indicar, quanto maior a
proximidade do problema da violência, mais as pessoas compreendem que a arma
não traz segurança. Quem está sofrendo as consequências da violência na pele
tende a refutar as armas como solução".
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