Paulo Guedes e Jair Bolsonaro (Foto: Agência Brasil)
Ministro diz que medida defendida pela ala
política do governo pode furar o teto de gastos e caracterizar crime de
responsabilidade de Bolsonaro
1 de junho de 2022
A cúpula da coordenação da campanha pela reeleição de Jair Bolsonaro
(PL) culpa o ministro da Economia, Paulo Guedes, pelo fato do atual ocupante do
Palácio do Planalto estar atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
nas pesquisas de intenção de voto. De acordo com a coluna da jornalista Andréia
Sadi, do G1, “assessores políticos de Bolsonaro culpam Guedes por ser
‘resistente’ e não ceder ao subsídio temporário aos combustíveis, o que
aliviaria o preço para o consumidor final”.
Os integrantes da cúpula da campanha bolsonarista avaliam que as medidas
de Guedes para segurar o preço dos combustíveis “podem não fazer efeito na
eleição e pressionam por um ‘cavalo de pau’ imediato na economia”.
A insatisfação veio à tona após Guedes emplacar a indicação de Adolfo
Sachsida para comandar o Ministério das Minas e Energia e de sugerir Caio Paes
de Andrade para presidir a Petrobrás, que ainda precisa ter o nome aprovado
pelo Conselho de Administração da estatal, sem que isso tivesse algum impacto
sobre a questão dos combustíveis.
Ainda de acordo com a reportagem, “a frase repetida à exaustão entre
ministros é de que a definição da eleição está nas mãos do governo já que é a
‘economia que elege e derruba presidente’. A justificativa de que a guerra e a
inflação são globais é uma coisa – agora, repetem assessores políticos, a
eleição é local e a população brasileira não entende a explicação do governo de
que os demais países estão piores do que o Brasil”.
Com o risco de Bolsonaro perder a eleição no primeiro turno, os aliados
do Planalto na Câmara também aumentaram a pressão para que o ministro da
Economia conceda um subsídio para segurar o preço dos combustíveis. Alinhado
com o governo, o presidente da Câmara, Arthur Lira, deve procurar Guedes nos
próximos dias “para pressioná-lo a mudar de postura no assunto”, destaca a
reportagem.
Por outro lado, a equipe econômica do governo diz que a criação de um
subsídio pode furar o teto de gastos, prática caracterizada como crime de
responsabilidade.
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