Dilma Rousseff, Bolsonaro e Temer (Foto: REUTERS/Agustin
Marcarian | Alan Santos/PR)
Proporção saiu de 27% no governo Dilma para
os atuais 38% do ciclo Temer-Bolsonaro
6 de junho de 2022
O golpe de estado de 2016, que derrubou a ex-presidente Dilma Rousseff e
teve como um dos objetivos a implantação de um choque neoliberal no Brasil,
precarizou o trabalho e reduziu dramaticamente a renda dos brasileiros. Como
resultado, a proporção de trabalhadores que vivem com apenas um salário mínimo
(R$ 1.212) saltou de 27%, em 2015, para 38% nos dias de hoje.
"Apenas no governo Bolsonaro esta participação dos trabalhadores
que ganham até o salário mínimo cresceu 8,2 pontos percentuais. Em números
absolutos, são 36,415 milhões de pessoas, 8,3 milhões a mais que no fim do
governo Temer. Isso ocorreu tanto no emprego formal como no informal. Entre os
que têm carteira assinada, o total de pessoas que ganham o piso passou de
14,06% no fim do governo Temer para 22,48% no primeiro trimestre deste ano.
Entre os informais, o salto foi de 53,46% para 61,73%. No grupo de
trabalhadores sem carteira assinada, há, inclusive, um grande contingente que
ganha menos que o piso", informa a jornalista Fernanda Trisotto, do jornal
O Globo, que reportou dados coletados pela consultoria Tendências.
"Com o mercado ocioso, em crise, o poder de barganha do trabalhador
diminui. E tem casos de pessoas que aceitam trabalhos com qualificação menor, o
que vale para o formal. Tem exemplos mais extremos, como o cara que faz
doutorado e trabalha como Uber, mas também tem o trabalhador CLT que foi
demitido e volta para outra empresa ganhando menos", explica o economista
Bruno Imaizumi, da LCA Consultores.
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