Como é dinâmico o futebol! Há duas semanas, a torcida do Fortaleza fez festa no embarque do time que enfrentaria o CRB, na estreia da Série C. Havia um clima expectativa e otimismo que inundava a torcida. Era como se os tricolores dissessem: “Nós acreditamos em vocês”!
Mas bastaram 90 minutos de um futebol improdutivo para os torcedores se convencerem que não havia motivos assim para tanta empolgação. Nos dias que antecederam à partida contra o América-RN, a festa deu lugar à obrigação de ganhar. A ponto do presidente, Osmar Baquit considerar o jogo mais importante do ano.
Para aumentar a pressão, o técnico Ferdinando Teixeira, surpreendente, decidiu abandonar o futebol e, implicitamente, confessou que há divergência interna no clube. Três mudanças no time, mas o discurso otimista era o mesmo. “Podem acreditar nesses jogadores”.
Aos 7 minutos, Esley acerta o ângulo de Fabiano. Era mais do que um simples gol, aliás, bonito gol, era o ‘Marco Zero’ da ascensão do Fortaleza. Falsa ideia! Treze minutos depois, empate. Não foi um simples gol, foi uma implosão emocional. O Fortaleza perdeu a estabilidade e se desmontou quando apresentou uma ansiedade inexplicável!
O segundo gol não foi nada além de uma síntese de um time em frangalhos. O terceiro, então, impiedoso. 3 a 1 foi pior do que o mais pessimista pudesse imaginar. De festa para desconfiança e agora a descrença – a maioria mantém essa linha.
Mas como eu disse: o futebol é dinâmico! Os sentimentos mudam de acordo com os resultados. Faltam seis partidas e ainda tudo pode mudar.
Jussie Cunha – Jangadeiro Esporte Clube
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