Escolas de São Gonçalo do Amarante ganham ilhas digitais

Mais de 1,2 mil estudantes de duas escolas do Município de São Gonçalo do Amarante (a 59km de Fortaleza), além de professores, servidores das escolas e pais de alunos, já começam a ser beneficiados com o recebimento de ilhas digitais. A conquista resulta de acordo judicial proposto pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) a uma empresa processada por manter trabalhadores em situação degradante em fazenda daquele município. Foram contempladas as escolas Leonice Alcântara Brasileiro, do distrito de Umarituba (que tem 305 alunos) e  Porfírio de Araújo, no distrito de Croatá (que mantém mais de 900 estudantes).
A diretora da Escola Porfírio de Araújo, Elizabeth Menezes Sampaio de Morais, acredita que os novos equipamentos se tornarão um atrativo a mais e ajudarão até mesmo a diminuir a evasão escolar. Ela avalia que ampliar a oportunidade de acesso dos estudantes ao computador e à Internet é permitir a descoberta de novos mundos. “Eu gosto dos jogos de Matemática”, indicou Ana Beatriz Sousa Araújo Menezes, 9 anos, aluna do 3º ano. Ela disse que achou legal demais a chegada dos computadores e que tem vontade de fazer curso de Informática para conhecer ainda mais.
Elizabeth afirma que a ilha digital tanto poderá ser utilizada nas atividades didáticas programadas pelos professores quanto em consultas realizadas no contraturno pelos estudantes, inclusive das turmas de Educação de Jovens e Adultos. A secretária de Educação do Município, Maria de Fátima Mendes Barbosa, acrescentou que o Município ficou muito feliz por ser contemplado com a doação dos equipamentos e que as ilhas digitais darão valiosa contribuição à comunidade escolar.
“A gente fica feliz por ver a concretização de um benefício como este porque é uma multa por dano moral coletivo revertida em favor da comunidade e que abre perspectivas para que estes estudantes de hoje não venham a se tornar trabalhadores igualmente explorados em condições degradantes”, observou o procurador do Trabalho Carlos Leonardo Holanda Silva, que propôs o acordo judicial e conferiu as instalações das ilhas digitais em São Gonçalo do Amarante, na última sexta-feira, 9/9.

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