Calendário de mobilização da categoria mantém atividades até sexta-feira, na expectativa de que o Tribunal de Justiça (TJ) reverta a decisão que decretou a ilegalidade do movimento no último dia 2
Enquanto aguarda posição da Justiça sobre o recurso impetrado na última sexta-feira, o Sindicato dos Professores e Servidores do Estado do Ceará (Apeoc) continua a pôr em prática as ações de greve, realizando hoje a Marcha da Educação pela Paz. Paralelo aos desfiles cívicos em comemoração ao Dia da Independência Brasileira, que acontece todos os anos na Avenida Beira Mar, os servidores deverão marchar na Avenida Abolição, com expectativa de mobilizar duas mil pessoas.
O sindicato questiona a decisão do desembargador Emanuel Leite Albuquerque, do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, que pediu a suspensão da greve. Na decisão o desembargador argumenta que a greve fora deflagrada antes de “efetivamente frustradas” as negociações com o Governo. Além disso, aponta risco de dano irreparável ou de difícil reparação e abuso do direito de defesa da categoria. O magistrado entende ainda, que a paralisação poderia prejudicar o serviço de educação, compreendido como essencial, colocando em risco a saúde dos estudantes, que dependem da merenda escolar para se alimentar. Para Anísio, a decisão foi monocrática, sem ouvir o Sindicato. “Cumprimos todos os itens necessários para que a greve fosse efetivada”, disse. “Comunicamos aos pais, cumprimos nossas assembleias nos prazos e, quanto à educação ser um serviço essencial, isso ainda está em discussão”, contraargumentou.
Marcela Belchior – O Povo
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