EDITORIAL - Deveria ser sempre assim

`Não compactuei com o malfeito, não o admito', diz Orlando Silva



Estou, há uma semana, submetido à execração pública. O bombardeio é intenso

A calúnia máxima, a de que recebi dinheiro na garagem do prédio do Ministério do Esporte, foi nos últimos dias potencializada por uma sucessão de outros fatos divulgados pela mídia.
A cada manhã me pergunto: qual a nova mentira que ganhará as manchetes de hoje? O que mais irão inventar sobre mim e minha gestão? Qual o novo ataque ao meu partido, o PC do B?
Há uma semana repito à exaustão o mantra-resposta fruto de minha total indignação: não houve, não há e não haverá provas sobre o que me acusam, simplesmente porque se trata de uma farsa. Provas quem possui sou eu contra o meu agressor, João Dias, que desviou recursos públicos de um convênio assinado com o Ministério do Esporte e, como resultado, teve a prestação de contas rejeitada. Por isso, determinei a devolução do dinheiro. O valor pode ultrapassar R$ 5 milhões.
Eu exigi a devolução do dinheiro publico! Não agora, mas há mais de um ano, quando decidi pela instauração de Tomada de Contas Especial, respeitando os trâmites legais, com o envio do processo à Controladoria-Geral da União (CGU) e ao Tribunal de Contas da União (TCU).

ORLANDO SILVA JR. é ministro do Esporte


Vamos nós: depois de enlamear a honra de um cidadão honesto, com acusações levianas e sem provas, a Folha de S. Paulo abriu um amplo espaço em seu jornal, edição de hoje para a defesa do ministro Orlando Silva dos Esportes. Deveria ser sempre assim, dar o mesmo espaço dado às denúncias infundadas, sem comprovação a qualquer cidadão.
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Não sendo da linhagem tucana o homem público, sua família tem mais é se linchar, enquanto exercer alto posto no setor governamental.
Lembro daquela escola de São Paulo cujos donos foram acusados de pedofilia e sedução crianças. A VEJA, a GLOBO, a FOLHA levaram a família proprietária da escola a execração pública. Depois de várias investigações ficou comprovado que era tudo mentira que os acusados eram inocentes, mas já era tarde todo patrimônio adquirido em décadas de trabalho foi para o brejo. Tudo era mentira, criação de um delegado de polícia, muito acreditado entre os jornalistas, que não investigaram a veracidade das denúncias.
A VEJA, a GLOBO, a FOLHA, tinham obrigação de se retratar quando se viu que tudo era mentira, mas não fizeram e até hoje esta família vive em dificuldades. Esta é a imprensa brasileira, mais corrupta que certos políticos.
Robério Soares - Editor

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