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Editorial - Povo baiano dá às costas para o nordeste

02/01/2012
Greve de fome durante o dia e alimentação a noite
Um povo egoísta que só pensa em si e se acham o centro do mundo. Este ano até o horário de verão eles adotaram, querendo ser diferente no nordeste.
Agora pegando carona na briga das empreiteiras inescrupulosas que executam a obra da transposição do São Francisco, que contrataram o serviço por X e agora querem 2X para continuar a obra e com apoio da imprensa corrupta brasileira começaram a detonar a obra.
E o povo baiano vai ao embalo, o ‘Herdeiro do Império da Corrupção’, deputado federal ACM Neto tem a cara de pau de cobrar explicações de um projeto que antes mesmo dos envelopes serem abertos o então ministro Ciro Gomes submeteu a obra ao Ministério Público, para calar a boca dos procuradores, da imprensa golpista e dos baianos contrários a obra.
Lembram daquele bispo picareta que fez ‘greve de fome’ de dia e se alimentava de noite? Veja um artigo que encontrei na imprensa baiana dando razão ao bispo:
Transposição do São Francisco: Quem estava com a razão, Lula ou Dom Luiz Cappio?
Raul Monteiro
À medida que o tempo passa, deve consolidar-se na opinião pública baiana a avaliação de que estava mesmo certo o bispo de Barra, Dom Flávio Luiz Cappio, vencido pela máquina trituradora do governo Lula na simplória estratégia de fazer uma greve de fome contra a transposição do Rio São Francisco. Hoje, com as obras paralisadas, algumas, intrigantemente, em estado avançado  de deterioração, o governo anuncia a disposição de relicitar as intervenções do empreendimento como forma de fazê-lo andar. No Brasil, lamentavelmente, obras grandes de infraestrutura são sinônimo de corrupção simples e pura, já que representam uma maneira de irrigar abundamentemente caixas de empreiteiras e subempreiteiras, que, em contrapartida, retribuem a “gentileza” por meio de comissões generosas a políticos e lobistas, que são cada vez mais numerosos. Ou não foi essa a lógica que presidiu a opção pela mal-sucedida obra da transposição? A história do país mostra que todo o cuidado é pouco com empreendimentos “grandiosos”, a exemplo de alguns que estão previstos para a Bahia, porque é o princípio dos ganhos desonestos e não o do interesse público que os norteiam. Quanto ao bispo Cappio, com sua simplicidade franciscana, ao que parece, vai mostrar que seu protesto, solitário, foi muito mais racional do que aqueles que tentaram imputar-lhe a pecha de insano ou de defensor do atraso.
A transposição prevê a construção de dois canais para levar água do rio São Francisco a 12 milhões de pessoas de 390 municípios de Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, até 2025, isso se os baianos deixarem.
Robério Soares

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