23/01/2012
Cristiane Peres |
Primeiras obras devem ser concluídas em 2012. Até junho, será lançado o edital para construção do prédio sede da ZPE
Aos poucos, a Zona de Processamento de Exportações (ZPE) do Ceará, em São Gonçalo do Amarante, começa a ganhar corpo e estrutura definidos para que tenha o que oferecer às empresas interessadas em se instalarem na área de 4.271 hectares. Desse total, cerca de 25%, ou aproximadamente mil hectares já estão reservados e sendo preparados à instalação da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP). De hoje a 30 dias, em 23 de fevereiro próximo, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) iniciará a fase de habilitação às empresas interessadas em participar de dois processos licitatórios para realização dos serviços de terraplanagem, pavimentação e drenagem da primeira etapa da ZPE e das obras de construção da via principal de acesso à zona.
Juntas, as duas licitações irão envolver montante de R$ 8,02 milhões, de recursos próprios da Empresa Administradora da ZPE (Emazp).
Licitações
O primeiro edital contempla as obras de pavimentação de 2,4 hectares, 2,17 hectares de piso pré-moldado, além da terraplanagem e drenagem de cerca de 38,6 hectares, que foram desmatados para receber a estrutura inicial, ou seja o prédio sede da ZPE. À estruturação dessa primeira etapa, foram desapropriados pelo governo do Estado, 77,59 hectares. A segunda licitação prevê investimentos de R$ 2,35 milhões, que serão aplicados na construção de 2,08 quilômetros de via de acesso ao empreendimento. O edital, já disponível no site da PGE, inclui pista pavimentada, parte em concreto betuminoso e outra em asfalto.
As informações foram confirmadas ontem, pelo diretor técnico da Emazp, o engenheiro Marcelo Costa Caldas. Segundo ele, a previsão é de que as obras estejam concluídas até o fim do ano.
Ele informou, ainda, que até junho próximo, será lançado o edital para construção do prédio sede da ZPE, no Pecém. "Um edital para elaboração do projeto está sendo realizado pela Seinfra", antecipou Caldas.
"Paquera"
Enquanto aguarda o início das obras, a presidente da Emazp, Cristiane Peres, segue em campo, em busca que empresas para se instalar na ZPE. Segundo ela, nessa primeira etapa, dos 77 hectares, 50% ou cerca de 35 hectares serão destinados às empresas interessadas. "Estamos buscamos, inicialmente, empresas brasileiras, já consolidadas no mercado interno e que tenham interesse em exportar", sinalizou Cristiane. Ela reconhece que, nesse momento de economia forte porque passa o Brasil, com mercado interno pujante, atrair empresas para operar preferencialmente com exportações não tem sido fácil. "A paquera continua", diz, apontando o mercado africano como a grande oportunidade atualmente.
CARLOS EUGÊNIO – DIÁRIO DO NORDESTE
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