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Proteção é necessária

Riscos da radiação solar não mudam os hábitos
Indiferentes aos alertas, fortalezenses e turistas se expõem ao sol na praia em seu nível máximo de radiação

Fortaleza e outras cidades do País chegaram ontem à condição extrema de radiação, com índice ultravioleta (IUV) atingindo o grau 13, segundo informação do Instituto Somar Meteorologia. Quando os índices de radiação superam escala 10, são considerados extremos.

Diante desta realidade, apesar de se dizerem conscientes dos perigos de estarem expostos ao sol em pleno meio-dia, sobre areia de praia, turistas e fortalezenses não abrem mão do "bronze" que o sol propicia.

Ao lado de Fortaleza, que chegou a 13, estiveram Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Belém, Aracaju, Cuiabá, Florianópolis, Natal, Porto Alegre, São Luís, João Pessoa e Salvador. O índice máximo, 14, foi atingido por São Paulo, Goiânia, Curitiba e Campo Grande.

O índice ultravioleta (IUV) mede o nível de radiação solar na superfície da Terra. Quanto mais alto, maior o risco de danos à pele e de aparecimento de câncer. Presentes na luz do sol, raios UV podem causar o envelhecimento precoce, o câncer de pele, problemas oculares e até mesmo algumas alterações no sistema imunológico.

Há muito tempo se fala da importância de usar protetor solar para sair de casa, mesmo em dias nublados. Agora, os institutos de meteorologia dão mais um motivo para isso: o índice UV, que mede o nível de raios ultravioletas sobre a Terra. Quanto mais alto o índice, maior o risco dos raios solares causarem danos à epiderme.

De acordo com o meteorologista Marcel Rocco, da Somar Meteorologia, "existe um modelo virtual da camada de ozônio e, pelo satélite, sabe-se a espessura dela sobre cada cidade. Uma série de cálculos é feita combinando isso a fatores como a previsão do tempo e a medição de balões meteorológicos. Com isso, chegamos a um número máximo de radiação emitida", disse.

Segundo ele, esse pico acontece entre 14 e 16 horas, no Brasil. "Os raios ultravioletas A e B são um tipo de radiação que age no interior das células. Para proteger-se do sol, as células produzem melanina, um tipo de pigmentação escura que filtra esses raios solares e por isso ficamos bronzeados. Por exemplo, depois de um dia exposto ao sol da praia", explicou Marcel Rocco.

Para a meteorologista da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Priscila Lima, o pico de maior incidência dos raios ultravioletas sobre Fortaleza acontece em março. "Estamos nos três meses que favorecem o pico de insolação e, por isso, alguns cuidados devem ser tomados, principalmente para os banhistas, que não devem se expor das 10 às 15 horas", recomendou.
ADALMIR PONTE – DIÁRIO DO NORDESTE

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