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Futsal cearense vive decadência jamais imaginada nos anos 80 e 90

05/02/2012
Neste fim de semana, a seleção brasileira de futsal, com Falcão e companhia, tem compromissos em Fortaleza e Itapipoca: amistosos contra a seleção cearense. Em outras décadas, o jogo seria praticamente um encontro entre as seleções A e B das quadras cearenses. Mas agora o contexto é diferente. Se antes os apaixonados pela modalidade em todo o país tinham a capital cearense como Meca, hoje não restaram muito mais que as referências históricas.

“No começo eram só times, não havia negócios envolvendo muito dinheiro”, analisa Sérgio Redes, ex-jogador e ex-treinador.

O Sumov, que de 1972 a 1986 conquistou 5 títulos da Taça Brasil, não tem nem a sombra das verbas de outrora. Num lampejo, ainda conquistou sua sexta taça, em 2001. Atualmente, apesar de continuar formando novos jogadores, sofre com a falta de apoio. “Os melhores atletas que nós temos vão logo embora”, lamenta o Cel. Gomes da Silva, presidente do time.

Na contramão do futsal que movimenta dinheiro nas regiões Sul e Sudeste, no Ceará a primeira preocupação é evitar a falência. “Nós não temos a arrecadação que eles têm lá”, reclama Lívio Amaro, um dos responsáveis por trazer a modalidade para o estado. Depois dos tempos estrelados pelos altos investimentos do Sumov e do Banfort (Banco de Fortaleza), restou uma realidade difícil.

Se a falta de dinheiro é problema, há quem aponte, também, outro fator: as raízes dos presidentes da Confederação Brasileira de Futebol de Salão (CBFS), com Aécio de Borba à frente desde sempre, em 1979, e da Federação Cearense de Futsal, com Sílvio Carlos há quase 20 anos na presidência.

Mas apesar de ter perdido credibilidade nacionalmente, o futsal no Ceará ainda respira. Devagar, ele consegue ter um dos campeonatos estaduais mais competitivos do Brasil.
O Povo

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