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Pedestres sofrem com calçadas esburacadas

Estabelecimentos abusam de espaços públicos, e passeios de pedestres viram estacionamento
Calçadas esburacadas ou inexistentes. Essa é a situação na maior parte dos passeios de pedestres na Capital. Na Avenida Santos Dumont, esquina com a Rua José Borba de Vasconcelos, no Cocó, onde pode-se ver um exemplo nítido desse tipo de irregularidade.

No local, a calçada é só buracos, ocupada por restos de podas de plantas e veículos estacionados, o que dificulta a passagem dos pedestres. O zelador Jacinto Alves, 44 anos, que mora nas proximidades e trabalha em um shopping ao lado, conta que a situação só tende a piorar. "As chuvas já começaram e, com isso, os buracos aumentam. Já fizemos denúncias, mas nada foi feito. Tem um mês que podaram as árvores e elas continuam aí na calçada", relata.

Sem passar por qualquer tipo de fiscalização, estabelecimentos comerciais abusam dos espaços que deveriam ser pavimentados para a travessia de pedestres e os utilizam de forma privativa. Ainda na Avenida Santos Dumont, na altura da Rua José Borba, os clientes de uma concessionária estacionam seus carros em toda a calçada, enfileiram seus veículos na faixa da direita, enquanto são atendidos na loja.

De acordo com o arquiteto e professor da Universidade de Fortaleza (Unifor) Euler Sobreira, "a calçada é do dono do lote, da casa ou da loja, e é de sua responsabilidade construí-la, zelá-la e mantê-la".

Ele explica que, quando a deterioração do passeio é ocasionada por um agente natural, como as raizes de árvores, é necessário que o proprietário do lote consulte um arquiteto para saber qual a melhor forma de pavimentação para o local ou medida para solucionar o problema. "Caso seja necessário o corte da árvore, é preciso consultar o órgão de meio ambiente, para que se possa ter a permissão", orienta.

Sobre a fiscalização da padronização, ele destaca que essa responsabilidade é do município. Porém, ele ressalta que essa ainda é bem deficiente na Capital. "As pessoas precisam entender que, ao invadirem a servidão pública (calçadas), elas estão agindo de uma forma incorreta, não estão sendo cidadãs. Estão acabando com a acessibilidade do cadeirante, do deficiente visual, dos idosos e da própria pessoa que não possui essas limitações", analisa.
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Diario do Nordeste

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