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Tremor de Terra atinge Barroquinha no norte do Ceará

23/03/2012
A Rede Sismográfica do Nordeste do Brasil (RSisne) anotou pela primeira vez um tremor de terra em Barroquinha, na Zona Norte do Ceará. O abalo aconteceu na madrugada do dia 17 de fevereiro passado com uma magnitude de 2.5 graus. O terremoto não chegou a afetar as casas da cidade, nem causar danos humanos. Mas o fato que chama a atenção da RSisne é que a informação primeira da Defesa Civil de Sobral era que o tremor tinha acontecido no distrito de Taperuaba.

“Procurando um possível evento, não confirmado, que teria sido sentido em Taperuaba, conforme informaram ao sub-tenente Marcos Costa, da Defesa Civil de Sobral, nos deparamos com um outro evento ocorrido a mais de 100 quilômetros de Sobral.  Esse sismo teve seus parâmetros preliminares determinados: magnitude 2.5; hora de origem; epicentro próximo a Barroquinha”, relatam os pesquisadores da RSisne.

O abalo de Barroquinha foi registrado pelas estações sismográficas da RSisne instaladas em Sobral e Morrinhos. Este foi o segundo abalo do ano maior de 2 graus na Zona Norte cearense. O primeiro foi verificado no distrito de Jordão, em Sobral, no dia 24 de janeiro, quando atingiu 2.1 graus. O abalo foi sentido a uma hora e 41 minutos da madrugada do dia 24 de janeiro. Naquela oportunidade, a RSisne informava que a atividade sísmica em Jordão está presente desde 2008, tendo ocorrido um tremor de magnitude 4.2 em maio de 2008. A RSisne destaca ainda que há uma falha ativa denominada de Falha do Riacho Fundo, na Serra da Meruoca, que tem repercussão em Jordão, que fica no pé da Serra da Meruoca.

Os pesquisadores agora se debruçam para estudar o abalo de Barroquinha que ainda não tinha registrado nenhum epicentro. A RSisne se dedica ainda a levantar dados sobre os abalos ocorridos no ano passado com mais frequência em Santana do Acaraú e Morrinhos. Os estudos ainda não preliminares, mas apontam para o surgimento de novas fendas na Zona Norte, que é considerada pelos estudiosos da RSisne como a segunda de maior atividade no Nordeste. Ela perde apenas para a região da Bacia Potiguar, entre o Rio Grande do Norte e o Ceará.
Diário do Nordeste

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