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Caciques do PSDB como os senadores Tasso Jereissati e Cássio Cunha Lima já criticam abertamente Aécio Neves, investigado em mais uma operação da Polícia Federal por ligações criminosas com a JBS; "Ele já prejudicou muito o partido", diz Tasso, ex-presidente da legenda, que tem o apoio de toda bancada do PSDB na Câmara, com exceção dos mineiros, para expulsar Aécio do ninho tucano
11 DE DEZEMBRO DE 2018
Mesmo eleito deputado federal em Minas Gerais e garantindo foro privilegiado, o ex-governador Aécio Neves parece ter esgotado a paciência dos caciques do PSDB após ter seu nome envolvido em novas denúncias. Nomes como o do senador Tasso Jereissati já não tem meias palavras para falar sobre Aécio: "Já prejudicou muito o partido.”
O senador não reeleito Cássio Cunha Lima, ex-governador da Paraíba, também criticou o ex-presidenciável tucano. “Ele provocou o furacão e escapou da tempestade”, disse, referindo-se à eleição de Aécio neste ano, ainda que o PSDB tenha encolhido na Câmara dos Deputados.
O nome de Aécio, já denunciado por relações criminosas com empresário da JBS, agora aparece na Operação Ross, onde receberia uma suposta mesada da empresa no valor de R$ 50 mil.
Com reserva, alguns tucanos defendem que seja aberto o processo de expulsão de Aécio do partido.
“Com fortes indícios, como tem, de envolvimento [com corrupção, Aécio] tem que sair. Se não sair, tem que ser expulso. Se o partido quiser sobreviver e estar antenado com a sociedade, tem que ter essa coragem. Eu não tiro a importância de ninguém com o seu passado, mas o presente não é mais isso. Aécio passou do tempo de sair. Ele prejudicou muito o partido na eleição", disse o deputado João Gualberto (PSDB-BA). Segundo ele, sua opinião é compartilhada por todos os parlamentares tucanos, com exceção dos mineiros.
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