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A força de mamães que trabalham na CSP


10/05/2019 - Para qualquer mulher, a maternidade é um desfio. Conciliar com o trabalho em uma indústria também é preciso de muita força de vontade. Conheça a história da Diana, futura mãe da Isis, e Liana, mãe do Antonio. Elas duas mostram que é plenamente possível conciliar realizações profissionais com a maternidade. Elas são mamães de aço.


Integrante de uma relação sólida de 20 anos com seu marido, Diana Passos é psicóloga e consultora interna de Recursos Humanos da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) desde setembro de 2014. Antes de saber a curiosa história da descoberta da gravidez, conheça um pouco mais da Diana.

Ela sempre foi a amiga conselheira da turma. Juntando isso a outras habilidades e o entendimento de que poderia contribuir com as pessoas, começou a estudar psicologia em 2006. Já no terceiro semestre de faculdade, em 2007, ingressou como estagiária em uma consultoria de recursos humanos. Chegou a ser coordenadora, antes de sair para outro desafio, após seis anos de atividades.


“Quando conseguiu o estágio, descobri o mundo organizacional. Na segunda empresa, achei que ficaria por muito tempo, pois era incrível. Mas uma oportunidade bateu na minha porta e eu participei do processo seletivo para ingressar na CSP”, relembra.

“Eu já sabia”

Em outubro de 2018, o casal resolveu tentar engravidar. Em novembro, veio a suspeita. Então, Diana passou em uma farmácia e comprou um teste de gravidez. Abriu a embalagem, mas só realizou o exame no dia seguinte. As duas marquinhas apareceram e indicavam que havia gestação. Até então, só uma amiga que estava do outro lado do planeta sabia.

“Eu não estava acreditando, pois havia aberto a embalagem na noite anterior. Mas tudo indicava que era verdade. Então, escrevi um bilhetinho, me arrumei toda e não dormi esperando meu esposo, que trabalha em regime de turno em outra indústria”, relembra.

O marido chegou e foi dormir. Até hoje, Diana brinca com a história. “Eu fiquei perto sem dizer nada. Depois de muita expectativa e sem saber como falar, muito nervosa, contei. Ele sorriu de canto de boca e disse que já sabia. Humilde e convencido”, conta a futura mamãe.

Ao engravidar, a sensação foi de, ao mesmo tempo, medo e leveza. “Por um tempo, eu disse que não queria ser mãe. Acho que Deus aproveitou a brechinha que mudei de ideia e quis mandar logo, antes que a gente desistisse”, sorri Diana. Julho está chegando e, com ele, também virá Isis.

Voo solo materno do Rio de Janeiro para o Ceará


A maternidade de Liana Silva, 43, analista de produção da Gestão da Qualidade da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), merece uma história em três atos de coragem. O primeiro ocorreu ainda nos idos de 2007, quando a jovem fluminense de Nova Iguaçu engravidou. Sem acordo com o pai da criança, mesmo tendo perdido a mãe há poucos meses, resolveu seguir em frente com a gravidez e tocar a gestação sozinha.

Quando o menino Antonio nasceu, eles se mudaram para a capital, Rio de Janeiro, a convite do pai. Durante o período de dois anos, Liana “trabalhava como mãe”, pois se dedicou exclusivamente à criança.

Volta ao mercado
O segundo ato de coragem foi a decisão de voltar ao mercado de trabalho e a morar sozinha com o filho, já que a convivência com o pai da criança não havia evoluído. Mudaram-se de bairro e, pela primeira vez, a mãe teve de deixar o filho na creche. Foi para fazer uma entrevista de emprego na Refinaria Duque de Caxias, onde trabalhou e ampliou sua experiência em gestão da qualidade.

“Naquele dia, eu estava doida para voltar logo e pegar o Antonio na creche, porque achava que ele estava sentindo minha falta. Mas, na verdade, não estava e o que ele mais queria era me mostrar o parquinho”, lembra e ressalta: “mais difícil do que desmamar o bezerro é desfiliar a mãe”.

Migração
O terceiro e último ato – até agora -, da maternidade de Liana foi a decisão de, após realizar um intenso processo seletivo por videoconferência -, aceitar o convite desafiador de deixar tudo no Rio de Janeiro e ir sozinha para o Ceará com o Antonio e trabalhar na CSP.

Em 13 de novembro de 2014, eles desembarcaram no Ceará com a mala cheia de esperança, insegurança e, claro, coragem. “Antonio está com 11 anos e ainda estamos aqui. É difícil, mas está valendo a pena, porque eu sou abençoada de ter muitos anjos que me ajudam”, destaca.

“Vim com a ideia de fazer minha vida aqui. Eu até já perguntei ao Antonio o que ele achava de voltar para o Rio. Mas ele responde que não quer e que gosta de morar aqui”.

Agora, cursando engenharia de produção, Liana ver o filho completamente adaptado, inclusive falando “valha” e “égua, macho”, duas expressões idiomáticas típicas do cearense.

Mariana Pontes



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