São Gonçalo do Amarante, 17 de
Junho de 2022
A Companhia
Siderúrgica do Pecém (CSP) iniciou em 2022 a compra de sucata ferrosa de uma
recicladora do Pecém para a produção de placas de aço. Com isso, a siderúrgica
coopera com a geração de renda para mais de 100 famílias de trabalhadores desse
segmento. A empresa Reciclagem Pecém é primeira da região a tornar-se
fornecedora dessa matéria-prima para a CSP e comercializa, por mês, até 80
toneladas do material.
O Olímpio Souza,
analista de Compras de Matérias-Primas da CSP, explica que o volume de sucata
comprado localmente é crescente. “A capacidade da recicladora do Pecém ainda é
pequena, se comparado à necessidade da CSP. Mesmo assim, a siderúrgica prioriza
a compra no Pecém, com o objetivo de qualificar a empresa local e gerar
desenvolvimento regional. Foram realizados vários treinamentos para a empresa
Reciclagem Pecém começar a atender a CSP”, relatou.
Produção triplicada
A Evanice
Martins, que trabalha na área administrativa da Reciclagem Pecém, conta os
avanços da empresa após se tornar fornecedora da CSP. “Foi muito bom pra gente.
Atender a CSP abriu portas pra conseguirmos outros contratos. Além disso, a
gente teve que contratar mais funcionários. Hoje, estamos com 15 pessoas, antes
eram sete. E, se Deus quiser, vamos aumentar mais o quadro de funcionários. A
gente preza em ajudar o pessoal aqui da região. Ampliamos de 50 para 100 o
número de sucateiros que nos atendem e conseguimos melhorar o valor pago a eles
pelo material”, enumerou Evanice.
O atendimento
para a siderúrgica triplicou a produção da recicladora. “Fazia um tempo que a
gente estava em busca de fazer essa parceria com a CSP. A gente conseguiu todas
as licenças pra começar e foi muito bom. Era um sonho. A CSP é uma empresa
grande, conhecida e bem reconhecida aqui na região”, comemorou Evanice.
15 fornecedores cearenses
A CSP compra,
atualmente, sucata exclusivamente de recicladoras brasileiras. No Ceará, a
usina conta com mais de 15 fornecedores, que garantem 40% de toda a demanda
para a produção de aço. O volume restante é adquirido de outros estados, como
Piauí, Maranhão, Rio Grande do Norte e Pernambuco. “A meta é comprar cada vez
menos sucata de outros estados e comprar mais do Ceará, especialmente do
Pecém”, destaca Olímpio Souza.
A Reciclagem
Pecém está atenta à possível ampliação do mercado local. “A gente está fazendo
cursos com os nossos funcionários para melhor atender os nossos clientes que
chegam aqui e aos catadores também. A nossa expectativa é crescer mais,
abranger mais, trazer novos clientes e recicladores também. Dá pra crescer
bastante ainda, aqui, no mercado do Pecém”, compartilha Evanice.
Prioridade para empreendedores locais
Até 2023, a
siderúrgica deseja cumprir a meta de comprar exclusivamente de fornecedores de
SGA e Caucaia os produtos e serviços de nove categorias. São elas: alimentação;
material de escritório; material de informática; uniformes;
barra/perfil/cantoneira; lavagem de veículos; material de construção;
gráfica/reprografia e madeira.
O gerente Geral
de Relações Institucionais e Comunicação na CSP, Ricardo Parente, explica que a
siderúrgica tem como diretriz garantir o papel social da empresa na comunidade,
atuando como um dos agentes catalisadores do desenvolvimento regional. “Ao
comprarmos de fornecedores da região, não só contribuímos para o giro da
economia local, mas também cooperamos com o aperfeiçoamento dos seus modelos de
negócio. Com isto, ajudamos a aumentar a competitividade dessas empresas
regionais e, acima de tudo, cumprimos um importante papel social na
comunidade”, explicou.
Coprodutos para outras indústrias
A
sustentabilidade, que está em toda a cadeia produtiva e de utilização do aço, é
um valor para a CSP. Os coprodutos são outra prova disso. A operação de uma
usina siderúrgica integrada, como a CSP, gera uma série de sobras do processo
de criação do aço, que são chamadas de coprodutos. Eles têm alto valor e
usabilidade tanto para o consumo interno da usina quanto para a venda a outras
empresas. Ou seja, tudo no processo produtivo do aço é aproveitado.
São óleos,
gases, escórias e agregado siderúrgico que servem à indústria de tintas,
detergente, plástico, pavimentação e agrícola. Os negócios desenvolvidos a
partir dos coprodutos da siderurgia são importantes sob o aspecto financeiro e,
principalmente ambiental, pois, há alguns anos, muitos desses coprodutos não
tinham a destinação mais adequada. Agora, há mercados bem desenvolvidos e
outros em desenvolvimento.
Alinhada à sua
visão estratégica de negócio, a CSP adota processos e equipamentos de última
geração para que esses coprodutos tenham gestão e destinação adequada, com o
menor impacto ambiental possível. Como resultado, a empresa consegue o
reaproveitamento de 97% dos resíduos sólidos gerados, índice superior à média
do setor siderúrgico no Brasil, que é de 95%.
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