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Lula tomou posse ontem | Por Alex Solnik

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Reuters/Adriano Machado)

 "Lula ocupou todo o espaço político, ao se encontrar, na capital da República, com os caciques dos outros dois Poderes", escreve Alex Solnik

Depois de quatro anos de golpismo galopante e insano, a democracia venceu mais uma vez. Foram duas vitórias. No dia 30 de outubro e no dia 9 de novembro. Nas urnas e nas tentativas de culpar as urnas pela derrota. Acabou.

Bolsonaro queimou seu último cartucho. O relatório dos militares, sua derradeira esperança de virar a mesa, concluiu que as eleições foram limpas.

Os golpistas profissionais e os manipulados por esses ficaram sem discurso. Só resta ao ainda presidente que abdicou do trono dois meses antes do fim ir para casa.
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No mesmo dia do relatório, que era para ser uma bomba, mas foi um traque, Lula ocupou todo o espaço político, ao se encontrar, na capital da República, com os caciques dos outros dois Poderes.

Pareceu a posse dele. E acho que foi mesmo, já que tem que ter alguém na presidência.

Pela primeira vez em quatro anos, o país viu os Três Poderes conversarem de forma civilizada, sem ranger de dentes, sem cara de poucos amigos, como manda a constituição.

A primeira coletiva de Lula depois de eleito em Brasília foi outro sinal alvissareiro. Em vez de grosseria, insultos e provocações, marcas do ainda inquilino do Planalto, respostas inteligentes, interessantes e bem humoradas, como essa:

“Quando perdia uma eleição, eu ficava triste. Deprimido, não. Corinthiano não fica deprimido”.

O Brasil está voltando a ser o Brasil.

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