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Bolsonaro vai deixar apagão aéreo como herança maldita


Aeronautas deflagram greve na segunda


Companhias aéreas propõem que pilotos e comissários trabalhem mais horas – um perigo para passageiros e tripulação

Nas véspera de deixar o Palácio da Alvorada, onde está entricheirado desde que perdeu a eleição, o presidente cessante Jair Bolsonaro (PL) ainda vai deixar um apagão aéreo como herança maldita para o mandatário entrante – o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O caos aéreo nesse caso tem como origem a precarização do trabalho e a desregulação da economia, deixando às próprias companhias de aviação civil ditar regras, preços, horários de voos e jornadas de trabalho.

Dito isso, pilotos e comissários de voo deliberaram pela deflagração de greve com início na segunda-feira, dia 19 de dezembro de 2022, das 6h às 8h, nos aeroportos de São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Porto Alegre, Brasília, Belo Horizonte e Fortaleza, por tempo indeterminado, devido à frustração das negociações da renovação da Convenção Coletiva de Trabalho.

No entanto, garante o Sindicato dos Aeronautas, todos os voos com órgãos para transplante, enfermos a bordo, e vacinas, não serão paralisados.

Os aeronautas reivindicam recomposição das perdas inflacionárias, além de ganho real, tendo em vista os altos preços das passagens aéreas que têm gerado crescentes lucros para as empresas.

Os trabalhadores nas empresas de aviação reivindicam ainda, melhorias nas condições de trabalho para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho, como a definição dos horários de início de folgas e proibição de alterações nas mesmas, além do cumprimento dos limites já existentes do tempo em solo entre etapas de voos.
Segundo o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), desde o início das negociações as empresas não se mostraram dispostas a atender às reivindicações da categoria.

Os aeronautas observam que o setor aéreo – por meio de informes ao mercado – vem se recuperando aceleradamente, com lucros maiores do que os do período pré-pandemia. Além disso, a procura por passagens aéreas aumentou e os preços impostos aos passageiros subiram drasticamente.

Ainda de acordo com o SNA, as empresas continuam intransigentes, se recusando a conceder uma remuneração mais digna aos tripulantes, além de propor que pilotos e comissários trabalhem mais horas – um perigo para passageiros e tripulação.

Esse apagão aéreo, esse caos aéreo, é mais uma herança maldita deixada pelo desgoverno Bolsonaro.

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