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AGU quer o bloqueio de bens de mais de 100 empresas suspeitas de financiar atos terroristas dos bolsonaristas em Brasília

Terroristas invadem as sedes dos Três Poderes em Brasília. Foto: Ueslei Marcelino

A Advocacia-Geral da União (AGU) identificou mais de 100 empresas suspeitas de terem financiado os atos antidemocráticos promovidos pelos simpatizantes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no último domingo (8) em Brasília.

De acordo com informações do G1, além do dinheiro dessas entidades privadas ser usado para bancar os ônibus que transportaram os golpistas, foi utilizado também para auxiliar os apoiadores do ex-capitão a permanecerem acampados em frente ao QG do Exército fazendo os preparativos para a tentativa de golpe.

A AGU irá apresentar, nesta terça-feira (10), o primeiro lote de ações contra esses grupos privados, ou seja, medidas cautelares para que os bens em nomes dessas empresas sejam bloqueados. Essas medidas são feitas junto à Justiça Federal no DF.

Vale destacar que as empresas bolsonaristas estão distribuídas por vários estados. A maioria delas estão sediadas em Mato Grosso e Santa Catarina e ligadas ao agronegócio. De acordo com ministro da Justiça, Flávio Dino, os financiadores dos atos em dez estados diferentes já foram identificados pela PF.

O ministro disse que o “pior passou” e que “o país caminha para absoluta normalização institucional com muita velocidade”. “Golpistas e criminosos em geral não obtiveram êxito na ruptura da legalidade”, disse Dino.

“Vivemos ontem o Capitólio brasileiro, com duas diferenças, não tivemos óbitos e temos muito mais presos aqui do que lá. Mas não tenham dúvida de que vivemos o Capitólio brasileiro. As instituições sobreviveram a este vil ataque político”.

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