Sônia Guajajara (Foto: Reprodução) |
A ministra dos Povos Indígenas também alertou para assassinatos cometidos contra índios e ativistas no Brasil
A ativista Sônia Guajajara (PSOL) assumiu nesta quarta-feira (11) o Ministério dos Povos Indígenas e destacou a importância de se preservar o meio ambiente, com respeito aos direitos dos índios, e de se evitar a criminalidade principalmente em áreas próximas a terras onde vivem os nativos. "O Brasil do futuro precisa dos povos indígenas", disse ela.
No evento, ela citou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Estou aqui para trabalharmos juntos, para acabar com a normalização desse estado inconstitucional que se agravou nos últimos anos", disse.
Na cerimônia, Sônia destacou a importância dos indígenas para o meio ambiente. "Cada indígena vivo representa um guardião climático da terra", continuou.
A indígena alertou para assassinatos contra indígenas e ativistas ambientais. "Ataques covardes e violentos chocantes e aterrorizantes como esses que vimos em Brasília. Não iremos nos render. Símbolo da resistência secular, preta e indígena".
A nova ministra citou os assassinatos contra o jornalista britânico Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira, em junho do ano passado, na cidade de Atalaia do Norte, no Amazonas. "Não vão destruir nossa democracia. Sônia e Anielle convocam todas as mulheres que nunca mais vamos permitir outro golpe em nosso País. Não estou aqui sozinha, estou com a força de nossa ancestralidade", disse.
"Precisamos voltar a pensar políticas de educação para os indígenas, valorizando identidades plurais, formando professores indígenas, ampliando acesso ao ensino superior", continuou.
"Uma indígena é plenamente capaz de construir com a reconstrução da democracia. O futuro do planeta é ancestral. A invisibilidade secular é fruto do racismo, de uma democracia de baixa representatividade".
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