Terrorista Marcelo Soares Corrêa que participou do ataque a Brasília manteve encontros com Bolsonaro e Mourão
Marcelo Soares Corrêa com Bolsonaro e Mourão (Foto: Reprodução | REUTERS/Antonio Cascio) |
Marcelo Soares Corrêa participou de atos golpistas, além de ter se encontrado pessoalmente com Bolsonaro no Palácio da Alvorada e participado de agendas com Mourão
Um dos terroristas que participaram do ataque à sede dos Três Poderes em Brasília, no domingo (8), mantém relações próximas de décadas com o ex-vice-presidente e senador eleito Hamilton Mourão (Republicanos-RS), além de ostentar fotos com Jair Bolsonaro (PL) e outras figuras ligadas ao bolsonarismo nas redes sociais.
Segundo o UOL, o homem, identificado como o militar da reserva Marcelo Soares Corrêa, conhecido como Cabo Corrêa, “participou de inúmeros atos de teor golpista no Rio e em Brasília ao longo da gestão Bolsonaro. Em um deles, organizou uma caravana que saiu de ônibus do Rio para o Distrito Federal. Antes do embarque, gravou um vídeo atacando o STF e pregando um golpe militar”.
Côrrea também participou de ao menos duas agendas oficiais de Mourão nos últimos anos e foi recebido pessoalmente por Bolsonaro no Palácio da Alvorada, em julho de 2021.
Ainda segundo a reportagem, antes de Mourão assumir a vice-presidência, Corrêa já espalhava outdoors defendendo um golpe militar com a foto de Mourão estampada no material. Do outro lado, destaca o UOL, “nos últimos anos, Mourão gravou uma série de vídeos para Corrêa, que vão de felicitações pelo aniversário do cabo até propaganda de um churrasco de bolsonaristas que ele organizava”.
Côrrea também esteve presente na "vigília" e no “cordão de isolamento” feito por bolsonaristas na porta do hospital em que Bolsonaro ficou internado após o episódio de Juiz de Fora (MG) em 2018. Ele também foi recebido por Bolsonaro para um café da manhã.
O extremista ainda participou da invasão à Câmara dos Deputados, em 2016, para defender um golpe militar. Na ocasião, uma porta foi quebrada e funcionários e servidores da Câmara foram agredidos.
O inquérito da Polícia Federal aberto para apurar o caso foi concluído em cinco dias e não indiciou nenhum dos envolvidos.
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