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Do bolso do brasileiro para o acionista privado: Petrobrás foi a segunda empresa que mais pagou dividendos em 2022 no mundo

Haddad, Lula e tanques de combustível com logo da Petrobras na refinaria de Paulínia (Foto: Adriano Machado/Reuters | REUTERS/Paulo Whitaker)

Levantamento comprova que a renda da sociedade vem sendo sugada pela política de preços da estatal – o que deve ser mudado no governo Lula

A política de preços da Petrobrás, implantada por Michel Temer após o golpe de estado de 2016 e que pode vir a ser alterada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vem de fato sugando a renda dos brasileiros e transferindo esses recursos para os acionistas da Petrobrás. Prova disso é um levantamento da consultoria Janus Henderson, que mostra que a estatal brasileira foi a segunda empresa que mais pagou dividendos no mundo em 2022.

"A Petrobras foi a segunda maior pagadora de dividendos do mundo em 2022, com US$ 21,7 bilhões, segundo relatório da gestora britânica Janus Henderson. A estatal, que foi a única representante da América Latina entre as 20 empresas mais bem colocadas da publicação, também exibiu o maior crescimento de distribuição de proventos ano a ano, com elevação de US$ 12,6 bilhões em relação a 2021", aponta reportagem do Valor.

"Impulsionada pela alta do petróleo - o Brent chegou a ser negociado acima de US$ 115 durante o ano - e pela decisão do governo federal de aumentar a distribuição de dividendos das estatais para turbinar as receitas da União, a Petrobras só não liderou o ranking global por conta de uma questão técnica. A mineradora BHP, que ocupou o primeiro posto, teve números brutos superiores, mas entregou um montante líquido menor aos seus acionistas por conta de taxação de dividendos", acrescenta a reportagem.

Os dados confirmam o que vem sendo dito há vários anos: é preciso alterar a política de preços da Petrobrás e a política de distribuição de dividendos da companhia.

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