header ads

Dono de trio elétrico diz ter sido pago por policial militar para atuar em QG dos bolsonaristas golpistas no DF

O major da reserva Cláudio Mendes dos Santos em acampamento golpista no QG do Exército de Brasília. Foto: Reprodução

O major da PM-DF foi preso em 23 de março por ensinar táticas de guerrilha a bolsonaristas fascistas no acampamento golpista

Rubens Wermem Dornela de Freitas, dono de um trio elétrico, prestou depoimento à CPI dos Atos Antidemocráticos que está sendo realizada pelos deputados distritais do DF e nele afirmou ter sido contratado sete vezes para prestar serviços de sonorização móvel no acampamento golpista montado em frente do Quartel-General do Exército.

Ele disse ter sido pago pelo major da reserva da Polícia Militar Cláudio Mendes Santos, apontado como locutor oficial do evento, além de um dono de mercados em Brasília e empresários ligados ao agronegócio do Mato Grosso.

Freitas relatou aos deputados ter sido contatado por Adauto Lúcio Mesquita no início da montagem do acampamento em 2 de novembro do ano passado. Na ocasião, o dono de mercados o contratou para levar o veículo ao QG do Exército por três dias, pelo valor de R$ 30 mil. Posteriormente, ele foi contratado pelo major Santos e por três outras pessoas para ir até o acampamento em 13 e 15 de novembro, cobrando R$ 22 mil pelos dois dias de serviço, pagos em dinheiro e em transferências por PIX.

O major Cláudio foi preso preventivamente em 23 de março, acusado de incitar atos antidemocráticos, administrar dinheiro usado para financiar as ações golpistas e ensinar táticas de guerrilha a radicais bolsonaristas acampados em frente ao QG do Exército. A prisão se deu dentro da 9ª fase da Operação Lesa Pátria, que investiga a invasão e a depredação do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF), por apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Além dos serviços prestados ao acampamento, Freitas afirmou ter sido contratado para participar de uma manifestação em frente ao Congresso nos dias 10 e 11 de dezembro, pelo valor de R$ 20 mil, pago por empresários ligados ao agronegócio do Mato Grosso. Ele destacou que é apenas um prestador de serviços e que já atuou para diversos partidos políticos, seja de esquerda ou direita.

Comentários