Jair Bolsonaro e Lindôra Araujo (Foto: REUTERS/Carla Carniel | Rosinei Coutinho/SCO/STF) |
Revelação reforça análise de que a PGR foi aparelhada por Jair Bolsonaro durante seu mandato
Registros encontrados no telefone celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), aponta que uma das “reuniões secretas” mantidas pelo então mandatário com a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, foi realizada no dia 26 de março de 2021, em meio a um dos picos de crescimento das mortes registradas no país em decorrência do avanço da pandemia de Covid-19.
Segundo a coluna do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles, o ex-mandatário se encontrava com Lindôra em reuniões fora da agenda desde 2020, após ela ter sido apresentada a ele pelo deputado federal Alberto Fraga, na época amigo de Bolsonaro.
“Bolsonaro chegou a prometer, num desses encontros, nomear Lindôra para a PGR, mesmo sendo ela a pessoa designada na época pelo procurador-geral, Augusto Aras, a analisar pedidos de investigação criminal contra o então presidente”, destaca a reportagem.
Ainda conforme a reportagem, “na ocasião, Cid pediu a um outro ajudante de ordens de Bolsonaro para buscar Lindôra em seu apartamento e a levar ao Palácio do Planalto. O assessor, identificado como tenente Alencar, perguntou então se deveria 'levar ela para sala de espera do Gab PR [gabinete da Presidência da República] ou deixar na região do mezanino'”.
Guilherme Amado, contudo, afirma que não teve acesso ao áudio que teria sido enviado por Mauro Cid em resposta ao questionamento feito pelo militar.
Brasil 247
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