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Polícia Federal e Bolsonaro com Mauro Cid (Foto: REUTERS/Adriano Machado | Isac Nóbrega/PR) |
Advogados de Jair Bolsonaro admitiram que ele transferiu R$ 600 mil para uma conta bancária internacional alegando "temor" sobre a condução da economia
Jair Bolsonaro tem conta nos Estados Unidos e, segundo seus advogados, a decisão de manter conta no exterior foi tomada "por temor" sobre os rumos da economia no governo Lula e seguiu os requisitos legais. A Defesa alega que dinheiro vivo era usado para pagar serviços menores, como manicure, cabeleireiro e padaria.
As declarações foram feitas em coletiva de imprensa na noite de segunda-feira (15), para falar sobre a troca de mensagens entre o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, e duas assessoras da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro. Na conversa, o tenente-coronel determina que os gastos referentes à família Bolsonaro fossem feitos em dinheiro vivo.
Segundo o advogado e ex-secretário de Comunicação Social, Fabio Wajngarten, os gastos em dinheiro vivo eram usados para pagar serviços menores, como manicure, cabeleireiro ou gastos em padaria para a manutenção da família. Ele afirmou ainda que todo o dinheiro saiu da conta pessoal do ex-presidente e que o cartão corporativo pessoal da presidência sequer teve abertura de senha. Ele também negou qualquer irregularidade em todo o processo, e que o motivo para o pagamento em espécie seria para manter a segurança dele e da família.
A defesa também admitiu que o presidente enviou cerca de R$ 600 mil para uma conta no exterior, aberta em dezembro de 2022. O motivo apresentado pelos advogados foi de que o presidente temeu pela condução da economia brasileira pelo atual governo. ![]()
“Essa transferência ocorreu de uma conta poupança que ele tinha para outra conta identificada em nome do presidente também nos Estados Unidos. Ele fez isso porque acredita que o atual Governo não vai conduzir corretamente a economia e ele transferiu para outra conta nos Estados Unidos, aberta em dezembro. Todo o dinheiro foi transferido via banco central respeitando as questões legais”, disse o advogado Marcelo Bessa à imprensa na sede do Partido Liberal (PL), em Brasília.
Nos bastidores, a defesa de Jair Bolsonaro teme que Cid possa fazer declarações contra o ex-presidente. O sentimento entre Cid e familiares é de que ele foi abandonado por Bolsonaro, informa reportagem do Correio Braziliense.
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