Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Adriano Machado | Marcello Casal Jr/Agência Brasil | José Cruz/Agência Brasil) |
Ex-presidente pediu doações para pagar multa depois de ter atuado contra o uso de máscaras em São Paulo
A recente determinação de quebra dos sigilos bancários do ex-presidente Jair Bolsonaro, proferida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na semana passada, tem gerado expectativas entre os ministros da corte. Eles acreditam que essa medida pode lançar luz sobre doações suspeitas realizadas ao político através do Pix, que totalizam R$ 17 milhões.
O montante significativo de recursos, transferido em um espaço de tempo relativamente curto, levanta sérias suspeitas de que entre os doadores possam estar "laranjas" que estariam, na verdade, regularizando, por meio desses depósitos, recursos que teriam origem em caixa dois, segundo informa a jornalista Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo.
As suspeitas ganharam força após a revelação de que o General Mauro Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, estava em posse de US$ 25 mil em dinheiro vivo, supostamente destinados a Bolsonaro após a venda de joias no exterior.
Entretanto, o advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, minimiza essas alegações, afirmando que a chance de serem encontrados depósitos de origem duvidosa na conta do ex-presidente é "zero, zero". Segundo ele, esses depósitos são principalmente de pequenos valores, como R$ 2, R$ 20 e R$ 200.
Os R$ 17,2 milhões recebidos por Bolsonaro foram revelados em um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que apontou que essas movimentações atípicas podem estar relacionadas à vaquinha realizada por seus apoiadores para pagar multas judiciais.
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