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Dias Toffoli abre inquérito contra Sérgio Moro e procuradores da Lava Jato para apurar fraude na delação de Tony Garcia

Montagem (da esq. para a dir.): Dias Toffoli, Sergio Moro e Tony Garcia (Foto: ABR | Reprodução)

A PGR cita uso ilegal da delação e a PF vê crimes de concussão, fraude processual, coação, organização criminosa e lavagem de capitais 

 O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli, atendendo a pedidos da Polícia Federal (PF) e da Procuradoria-Geral da República (PGR), determinou a abertura de um inquérito na Corte contra o ex-juiz Sergio Moro e procuradores que participaram de um acordo de delação premiada considerado o "embrião" da Operação Lava Jato, informa Daniela Lima, do g1. O próprio Tony Garcia revelou primeiro à TV 247 os detalhes sobre os crimes cometidos por Moro.

O caso foi levado ao STF por Tony Garcia, ex-deputado estadual paranaense e figura proeminente na política local no início dos anos 2000. Garcia firmou um acordo de delação premiada com Moro, então chefe da 13ª vara federal, no qual se comprometeu a atuar como um grampo ambulante para obter provas contra membros do Poder Judiciário e do Tribunal de Contas do Estado, entre outras autoridades com foro de prerrogativa de função fora da alçada da Justiça Federal.

Os detalhes do acordo, mantidos em absoluto sigilo por quase duas décadas na 13ª vara de Curitiba, chegaram ao conhecimento do STF quando o juiz Eduardo Appio, atualmente afastado da vara, teve acesso ao seu conteúdo. Gravações revelam que Moro, à época juiz, orientava o delator sobre o processo.

Moro nega qualquer ilegalidade, argumentando que o instrumento da colaboração premiada naquela época não possuía o mesmo regramento legal vigente atualmente. Ele também nega ter obtido gravações de membros do Judiciário.

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