A categoria se reuniu com Ivo Gomes, na noite de ontem, para discutir propostas a serem apresentadas hoje
O clima ficou tenso ontem, na Assembleia Legislativa. Professores da rede estadual de ensino em greve entraram em confronto com a Polícia Militar. Os manifestantes invadiram as dependências da Casa Legislativa, galerias e tentaram entrar no plenário, mas foram contidos por policiais do Batalhão de Choque, que fez cordão de isolamento na entrada do plenário.
Minutos antes, PMs que fazem a segurança do Legislativo tentaram impedir a entrada dos manifestantes na entrada principal da Assembleia, mas não conseguiram conter a multidão. Durante o protesto, os grevistas picharam paredes e quebraram um banheiro do prédio.
Preocupada com a segurança dos deputados, a presidência do Poder orientou o fechamento dos gabinetes e a sessão plenária foi suspensa.
Transtornos
Após realizar manifestação na Praça da Imprensa professores, pais e alunos seguiram em caminhada rumo ao Legislativo estadual. Quem passava pela Avenida Desembargador Moreira teve de enfrentar enormes congestionamentos, agravados pelo horário de saída de estudantes de escolas particulares próximas.
Enquanto a confusão acontecia, parlamentares se reuniam com o comando de greve dos professores na Presidência da Assembleia Legislativa.
O deputado Tim Gomes, que estava presidindo as atividades, destacou que a Assembleia é parceira e que sempre esteve pronta para receber os professores. No entanto, ele se mostrou irritado com uma pichação feita pelos manifestantes no andar superior do prédio. "Vocês precisam reordenar o movimento", criticou o parlamentar.
Os professores foram recebido, ontem à noite, por Ivo Gomes, chefe de gabinete do governador. Até o fechamento desta edição, era discutido, no encontro, um documento com propostas para ser apresentado durante nova assembleia dos professores hoje.
Segundo o presidente do Sindicato dos Professores do Estado do Ceará (Apeoc), Anízio Melo, não houve nenhuma orientação da entidade no sentido de depredar o prédio.
"Condenamos qualquer tipo de atitude que gere violência ou pichação do patrimônio público. Pelo contrário, temos a preocupação de orientar os nossos alunos a preservar o que é do povo", disse Anísio Melo. Ele acrescenta que irá discutir com o comando de greve se houve alguma influência externa na luta da categoria.
LUANA LIMA – DIÁRIO DO NORDESTE
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