Empresas do CIPP estão recrutando empregados fora do Estado e na hora de demitir soltam em São Gonçalo

Que venha o progresso, mas com ele a valorização da VIDA

As empresas que estão se instalando no Complexo Industrial e Portuário Governador Mário Covas, na hora de recrutar um colaborador não medem esforços, vão buscar seja lá onde for, mas na hora de demitir soltam aqui sem nenhuma segurança.

Entendemos que no Estado não existe mão-de-obra qualificada e suficiente para a demanda de obras, daí a necessidade de se buscar fora, até aí tudo bem, mas é preciso um mínimo de garantia para este empregado na hora da demissão.

Os empregados estão constantemente entrando e saindo das organizações, e movimentando-se dentro delas. Gerenciar este movimento de pessoas é uma das atividades mais importantes e influentes da administração de recursos humanos, dar o mínimo necessário para que eles voltem ao seu lugar de origem, não custa nada.

Vamos fazer diferente, à hora é esta. Não vamos transformar o município de São Gonçalo do Amarante numa Cubatão-SP ou numa Camaçari-BA, vamos transformar o município num lugar agradável para trabalhar e morar com segurança, educação, saúde e lazer.

O papel do profissional de recursos humanos dentro da organização é muito importante, pois cabe a ele cuidar da essência de toda a organização que são as pessoas. Seu trabalho tem início com a previsão de necessidade de pessoal e se estende até a escolha da pessoa mais capacitada.

Quando se dá início a um processo de recrutamento, cabe ao responsável avaliar todas as tarefas, obrigações e responsabilidades que serão exigidos pelo cargo. Um segundo parâmetro a ser estudado está relacionado com o perfil que o candidato deve possuir, ou seja, quais as habilidades, vivências e conhecimentos que o aspirante deva ter.

Não observados estes parâmetros, os empregados recrutados em outros estados e descartados aqui, não conseguem outro trabalho e vão viver em favelas, vão invadir mangues, áreas de proteção ambiental, morar sob pontes, até mesmo o espaço da ‘esteira do Porto do Pecém’ já foi ocupado por estes trabalhadores abandonados pelas empresas.

Como sobreviver?

Sem emprego e sem moradia estes pobres homens são obrigados a entrar numa vida marginal, no tráfego de drogas, aumentando cada vez mais a insegurança, inchando as cidades. Não somos contra estas pessoas, mas o momento é este de se fazer algo por elas, de qualificá-las, de dar-lhe uma moradia digna, não podemos mais protelar ou se faz algo agora, ou o problema se torna uma Macaé-RJ aonde o progresso chegou é verdade, mas com ele veio tudo que não queremos para o nosso São Gonçalo do Amarante. Que venha o progresso, mas com ele a valorização da VIDA.

Comentários