Volêy Brasileiro finalista do Pan 2011


Zé Roberto dá bronca e diz estar triste com atitude da equipe

A inquietação de José Roberto Guimarães desde o início do jogo e especialmente, no terceiro set, não era só nervosismo diante da República Dominicana, um adversário sempre duro do Brasil. Mesmo com triunfo por 3 sets a 0, o técnico saiu da quadra bastante irritado, dizendo que ainda não ia pensar em Cuba, mas sim na bronca que ia dar no vestiário. Calmo após a coletiva de imprensa, ele disse que mais do que bravo, estava triste com a atitude da equipe no final do jogo, que só conseguiu virar o placar no ponto de número 19.

Para Zé Roberto, o time começou a administrar o resultado favorável no terceiro set, mas cometeu erros que não estava cometendo. "Nós paramos de agredir, no bom sentido, no ataque, no bloqueio, de ficar mais ligadas na defesa. Acho que a gente jogou, mas não estávamos nos entregando no terceiro set, porque a gente administrou, e isso me deixou muito triste, isso não pode acontecer. Começa a dar certo do outro lado, ninguém segura mais, e o voleibol é cheio de pregar peças dessa maneira em vários times. Eu já sou escolado, passei por vários problemas, não quero que isso aconteça e não vou deixar, vou brigar com quem tiver que brigar para que isso não aconteça".

"Não gostei da atitude do time, não podia entrar como a gente entrou, tinha que entrar na frente abrindo o placar, cometemos erros, para mim, por falta de concentração, isso que me fez ficar bravo, me fez ficar triste com a equipe. Não podemos passar uma disputa por uma medalha de ouro assim, eu já vi vários jogos virarem por atitudes dessas. Isso me deixa muito triste, muito chateado porque não pode acontecer jamais", desabafou o técnico.

No voleibol, não se administra resultado. "Baixou a guarda, baixou a adrenalina, tudo pode acontecer, aí depois a gente fica com aquela história, 'ah o que será que aconteceu, por que aconteceu'. Aconteceu porque nós deixamos acontecer, nós baixamos a guarda, nós achamos que o outro time estava morto. Só que a gente esqueceu que do outro lado estava a República Dominicana, treinada por um brasileiro (Marcos Kwiek), que sabe o que está fazendo. É um time que temos que respeitar. Jogos contra elas são sempre jogos difíceis. Não é que os dois (primeiros) sets foram tranquilos. 18 e 19 são placares que não elásticos", falou o técnico.

O mérito da vitória e da garantia de estar na final disputada na quinta-feira mais uma vez contra Cuba, como no Pan do Rio 2007, é das jogadoras que vieram do banco e conseguiram manter o time aceso, segundo o técnico. "Eu chamo isso de competência e um pouco de sorte, das jogadoras virem do banco com fome de bola e conseguirem segurar a onda, mas se não acontece? Aí ia ser complicado. Eu prefiro me precaver, acho legal, penso de uma forma otimista, mas para mim otimismo é quando você se entrega do início ao fim. Quando acontece o que aconteceu eu não gosto, acho que não é por aí que se ganha um campeonato", concluiu.
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Portal Terra

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