Com o ingresso de 44.147 mil estudantes no Ensino Superior, em 2010, o Ceará é, agora, o 11º Estado brasileiro com maior inserção de alunos na graduação presencial. As informações são do Censo da Educação Superior 2010, divulgados, ontem, pelo Ministério da Educação (MEC). No Nordeste, o Estado ficou em terceiro, atrás somente da Bahia, com 77.261 matriculados, e Pernambuco, com 57.863.
A maior parte destes futuros profissionais estão em instituições privadas, o que corresponde a exatos 28.769 alunos. O restante estão distribuídos pelas universidades públicas estaduais e federais, o que soma 15.378.
O ingresso destes alunos deve-se, em sua maioria, ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), ao vestibular e outros tipos de seleção. Somados, estes equivalem a 38.306. Já os outros 5.841 entram por meio de processos distintos, não seletivos, tais como matrícula cortesia, admissão de diplomados, reingresso e transferências.
Por este último método, a maior parte dos alunos está nas instituições privadas, com 4.941. Nas públicas, ingressaram apenas 900. O aumento de vagas e oferta de cursos teve uma variação vertiginosa, pelo menos nas instituições públicas. Na década de 2000 a 2010, a Universidade Federal do Ceará (UFC) teve um aumento de 66,6% na oferta de lugares, ou seja, passou de 3.435, para 5.724.
O responsável pela Coordenadoria de Planejamento, Informação e Comunicação da Pró-Reitoria de Graduação da UFC, Miguel Franklin de Castro, explicou que o salto deve-se aos incentivos federais.
A exemplo, Castro citou o Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), em 2007, quando a UFC entrou com um projeto tanto de modernização da infraestrutura quanto de expansão das vagas.
"Na época, nossa oferta era de apenas 4.085. Para 2012, nossa vagas subiram para 6.200, o que corresponde a um aumento de 51,7%, ou seja, conseguimos a meta do programa", destacou o responsável.
O Reuni tem como metas globais o aumento do número de matrículas de graduação em pelo menos 20%, o crescimento gradual da taxa de conclusão média dos cursos de graduação presenciais para 90%, tudo isso ao fim de cinco anos, a contar do início do plano.
Segundo Castro, em 2000 a UFC possuia 53 cursos, em 2007 sobe para 70, e, atualmente, a instituição oferta 106 cursos de graduação. "Em troca, fomos recebendo mais incentivos governamentais, o que deu para pagar nossa dívida com a Coelce, que chegava, em 2003, a R$ 6 milhões", explicou.
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