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Fósseis milenares e rastros da era jurássica esperam turistas no Ceará

28/12/2011
Cidades do Cariri compartilham geoparque reconhecido pela Unesco
Roteiro de fé e caldeirão de manifestações culturais, a região do Cariri, no Sul do Ceará, é também um dos principais polos de estudos paleontológicos do país. Em uma programação de dois dias, o visitante pode conhecer parte das escavações e fósseis espalhados em seis das 11 cidades da região e ainda vai ter tempo para apreciar um museu paleontológico, pontos de peregrinação religiosa e a arte local.
Em meio ao verde da Floresta Nacional do Araripe, são nove sítios de estudo que formam o Geopark Araripe, integrante da rede mundial de geoparques criada pela Unesco. A viagem por registros da história da Terra pode começar pela Colina do Horto, a 3 km da cidade de Juazeiro do Norte, na porção norte da bacia sedimentar do Araripe. Na área da colina, onde fica a estátua do santo popular Padre Cícero, estão as pedras mais antigas do Geopark Araripe, com cerca de 650 milhões de anos.
A cerca de 550 m de altitude, na colina, é possível encontrar rochas de granito com manchas em pequenos cristais de cores preta, branca e rosa. Para fazer visitações dentro do Geopark é necessário agendar no site oficial. Os turistas têm de ser acompanhados por guias do parque, geólogos e biólogos.
Depois da Colina do Horto, o roteiro segue para a cidade de Missão Velha. No geossítio Cachoeira, a 4 km da cidade, as águas do Rio Salgado deixaram desenhos em arenitos e há rastros de animais, os icnofósseis, preservados na rocha há quase 450 milhões de anos.
Na área, estão registros do aldeamento dos índios Kariri, do século XVIII, e é possível também percorrer um antigo caminho usado pelos primeiros colonizadores até a Fonte do Pinga. Local onde florescem espécies da caatinga como jatobá, aroeira, cedro e catingueira. Casas de pedra construídas pelos primeiros habitantes da região rodeiam o lugar. A área do geossítio tem ainda uma pequena barragem e as ruínas de um engenho de cana-de-açúcar.
Ainda em Missão Velha, o passeio segue até o sítio da Floresta Petrificada, uma grota com cerca de oito metros de rochas avermelhadas e arenito. Entre os seixos das rochas, ficaram pedaços de madeira petrificada. As pedras guardam fósseis de pinheiros de 145 milhões de anos, revelando que, na região, existiam colinas, florestas e rios. O visitante está, na verdade, no fundo de rios jurássicos.
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