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Skate Longboard é o novo esporte que invade o calçadão da Beira-Mar em Fortaleza

O skate longboard proporciona a sensação mais próxima da prática do surf fora do mar e já virou mania na Capital

A cada dia os amantes das quatro rodinhas descobrem novos espaços para a prática do mais ilustre “filho do surf”. Agora, a onda é andar de skate longboard na Avenida Beira-Mar.

É no calçadão da mais nobre praia fortalezense que essa turma se encontra. Enquanto turistas e casais de namorados se despedem da noite, para a galera do longskate, ela está apenas começando.

Aos poucos o som do uretano começa a preencher o silêncio da noite cearense. A calmaria dá lugar a enormes skates e skatistas “surfando” ondas imaginárias.

As primeiras a aparecer foram as universitárias Larissa Pascoal e Débora Marinho. “Andar de longboard skate é uma experiência fantástica. Devido a estabilidade, ele proporciona uma sensação muito agradável. É incrível como qualquer um que experimenta fica logo viciado”, declarou a estudante do curso de audiovisual da Universidade de Fortaleza (Unifor).

Disciplina

Segundo Guilherme Júnior, mais conhecido como Juca Bala, a turma estava ali treinando para uma competição que vai acontecer no próximo mês. Ele explicou que, apesar de o skate ter crescido muito no Ceará nos últimos anos, na modalidade longboard downhill as competições estão cada vez mais raras e quando aparece um evento como esse, a tribo toda se mobiliza para treinar e competir.

O multiatleta Ericsson, também justificou a disciplina. “Todo mundo está ansioso pelo campeonato. Principalmente porque as competições de longskate são verdadeiras confraternizações. E segundo as informações que temos, as disputas serão no formato de uma corrida onde todos competem entre si e vence quem chegar primeiro. Vai ser uma verdadeira corrida maluca”, comentou.

Evolução

Novas tecnologias a favor do esporte

As peças do longskate já são feitas especialmente para a modalidade, permitindo mais estabilidade ao equipamento de poliuretano, as rodas são bem maiores que as dos skates comuns para evitar acidentes com pequenos buracos

Com o desenvolvimento da tecnologia, os equipamentos utilizados hoje em dia pouco lembram os do início do esporte, quando, na década de 1960, surfistas colocaram rodas de patins em pedaços de madeira para se divertirem nas ladeiras da Califórnia nos dias sem ondas.

Os longskates portados pelos praticantes da atualidade são verdadeiras maravilhas da engenharia moderna. Apesar de as partes serem praticamente as mesmas de qualquer skate, agora existem equipamentos desenvolvidos especialmente para simular a experiência do surf, por exemplo.

A começar pelo shape – a parte de madeira onde os praticantes colocam os pés –, que é fabricado em um formato bem maior do que nos skates convencionais. Daí o nome longboard, ou prancha longa em português. É justamente por conta do tamanho do shape que permite que um atleta consiga estabilidade suficiente para simular o surf.

Depois da prancha, os rolamentos constituem, talvez, o elemento mais importante do conjunto. Eles são de fundamental importância, pois, precisam combinar resistência e leveza para que o atleta possa andar com segurança, minimizando o esforço e potencializando a inércia. Produzidos a partir de ligas de aço ou cerâmica, são os rolamentos os responsáveis por determinar a velocidade que o atleta poderá atingir.

Rodas e trucks

As rodas são as estruturas responsáveis pelo contato de todo o conjunto com o chão. Feitas de poliuretano, nessa modalidade, as rodas são bem maiores que nos skates comuns, para proporcionar ainda mais estabilidade e evitar que os skates travem em pequenos buracos ou pedras.

Por fim, os trucks configuram a estrutura onde os rolamentos são afixados, além de serem o elo de ligação entre o shape e as rodas. Normalmente fabricados em alumínio, os trucks, assim como todo o conjunto do equipamento, apresentam dimensões especiais para o longskate.
George Noronha – Diário do Nordeste

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