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A mediocridade, o burro motivado e o futebol meritocrático



 07/07/2018

Sempre que se perde uma Copa do Mundo se busca um culpado, é normal buscarmos os erros e as falhas que nos levaram às derrotas. Na mídia, as análises mais vazias expõe o quão complicado se encontra o nosso nível de intelectualização da mídia esportiva. Aliás, da mídia como um todo. Lembrando, que diploma não é intelectualidade.

O futebol atual da seleção é o reflexo de nosso tempo. Quantas pessoas bradam que o estado deve ser ridiculamente pequeno e deixar o mercado correr solto. Mas, foi isso que a Lei Zico e depois a Lei Pelé fez com o futebol brasileiro. Certo que a antiga lei do passe precisava ser revista mas, a Lei Pelé, simplesmente liberalizou o mercado da bola no Brasil, o que desfalcou por completo os clubes brasileiros.

Na prática, agora, vale o pensamento empresarial do futebol lucro. Daí, tem um bando de idiotas que vai defender que os clubes se tornem empresas mas, não suportariam torcer para um time que tem um dono. O Botafogo, por exemplo, quase teve sua divisão de futebol vendida ao Eike Batista, no início dos anos 2000. Qual botafoguense suportaria que seu time tivesse um dono? Já se imaginaram falando assim: “Eu torço pro time que Eike Batista é o dono”? O Europeu não liga pra isso, por questões culturais.


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