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'Bolsonaro dilapidou o capital diplomático e caberá a Lula recuperar a presença do Brasil no mundo', diz ex-chanceler Celso Lafer

 


Celso Lafer (Foto: Academia Brasileira de Cências)

“A nova política externa de Lula tem o capital diplomático e político acumulado nas suas presidências anteriores", diz o ex-chanceler Celso Lafer

O ex-chanceler Celso Lafer afirma, em um artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo, que a política externa do governo Jair Bolsonaro (PL) “isolou o Brasil no mundo; dilapidou o capital diplomático do País; diminuiu o potencial de articulação com nossos grandes parceiros; comprometeu nossa ação nas instâncias multilaterais que sempre foram histórico ativo do País”. Segundo ele, “recuperar a presença do Brasil no mundo e na nossa região será uma tarefa da terceira presidência Lula”.

“A abrangente repercussão de sua eleição no plano internacional é um nítido contraponto ao negativo legado da presidência Bolsonaro. Lula já antecipou uma mudança de rumo na área ambiental, no plano interno e internacional, que tem o respaldo do apoio de Marina Silva e nos compromissos que assumiu nesta matéria. Representa a prioridade que deverá conferir a um dos mais urgentes temas da pauta internacional”, observa Lafer.

Ainda segundo ele, “a nova política externa de Lula tem o capital diplomático e político acumulado nas suas presidências anteriores. Precisará, no entanto, fazer ajustes e reavaliações em relação ao passado, tanto por razões externas quanto internas”.

“O momento atual é distinto. Por isso, na interação entre o interno e o externo, é relevante que tenha sensibilidade para ampliar sua validação, ou seja, venha a fazer, sem a perda de identidade, da sua política externa igualmente um componente da sua governança que contribua para sua legitimação num país que as eleições de 2022 revelaram muito dividido e polarizado”, finaliza.

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