São Gonçalo do Amarante o município mais rico, com o maior PIB per capita do Estado, corta benefícios de quem mais precisa alegando um simples recadastramento
Em um município com o maior PIB per capita do Estado, cortar benefícios dos mais humildes sob a desculpa de recadastramento mostra bem a prioridade dessa gestão: os ricos cada vez mais ricos, e o povo cada vez mais esquecido
A verdade por trás do “recadastramento” dos benefícios sociais
Não adianta os chamados “gargantas de aluguel” do prefeito tentarem amenizar a situação dizendo que se trata apenas de um recadastramento dos programas Comida na Mesa e Gás no Fogão. A suspensão dos benefícios foi oficialmente anunciada, e o fato é tão evidente que até um vereador da base aliada do próprio prefeito lamentou publicamente a decisão.
O discurso de que tudo não passa de um simples procedimento administrativo soa como uma tentativa de disfarçar uma medida que atinge diretamente as famílias mais humildes do município. Num momento em que o custo de vida sobe e o desemprego ainda castiga muitos lares, interromper a ajuda alimentar e de gás é, no mínimo, uma falta de sensibilidade social.
Mais grave ainda é ver setores ligados à gestão tentando minimizar o problema, enquanto a população carente é deixada à própria sorte. Se a intenção fosse realmente apenas atualizar cadastros, haveria planejamento, transparência e comunicação clara com os beneficiários — e não uma suspensão repentina que gera insegurança e indignação.
A verdade é que, por trás do termo “recadastramento”, pode estar escondido mais uma decisão desastrosa de uma administração que parece distante da realidade do povo que mais precisa.
O povo precisa abrir os olhos. Não se pode aceitar calado que um município com tanta riqueza econômica trate seus cidadãos mais pobres com tanto descaso. É hora de cobrar explicações, exigir transparência e lembrar aos governantes que o poder emana do povo — e que quem tem fome não pode esperar por promessas nem por desculpas mal ensaiadas.
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