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O Brasil agora sim, tem uma primeira dama que nos orgulha

Poliana Abritta, Maju Coutinho e Janja. Foto: Reprodução

Rosângela Lula da Silva, a Janja, deu sua primeira entrevista oficial a uma emissora de televisão, transmitida neste domingo, 13, pelo dominical Fantástico, da TV Globo. Ela afirmou que pretende ressignificar papel desempenhado pela primeira-dama em um futuro governo Lula (PT).

Disse que se inspira em Eva Perón e Michelle Obama e contou que não se intimidou diante de críticas – algumas vindas do próprio PT – quanto a seu papel durante a campanha

“Talvez eu queira ressignificar o conteúdo de o que é ser uma primeira-dama, trazendo pautas para as mulheres, e as famílias. Talvez seja um papel mais de articulação com a sociedade civil”, disse.

A socióloga disse que um de seus principais desafios será “reacender a chama” da solidariedade em parcelas da sociedade brasileira: “Despertar um pouco de solidariedade e compaixão em uma parcela da população brasileira que deixou isso perdida em algum lugar. Eu acho que essa vai ser o maior desafio”.

Janja comentou também sobre a tensão na equipe de Lula durante a apuração dos votos no segundo turno. Ela e Lula acompanharam a contagem na casa do presidente eleito em São Paulo: “No momento do resultado, a gente estava no escritório. Foi um momento muito… tipo, ‘respiramos’. Respiramos porque foi uma apuração difícil. Ganhamos, e a primeira coisa que ele queria fazer era sair e abraçar o pessoal que ficou a tarde inteira ali no portão”.

Foi de Janja a inciativa de estabelecer contato com Simone Tebet, embora negue qualquer papel de articulação política. “Eu falei com a senadora, e os dois (Lula e Tebet) conversaram. Não foi nada de ‘você vai ligar’ ou isso. Eu não tenho nenhum papel de articulação política. (…) Era importante conversar com ela e, primeiro, dizer que foi uma campanha bonita que ela fez.”

Quando Poliana Abritta e Maju Coutinho perguntaram a Janja se Lula (PT) é “um machista em desconstrução”, ela relatou, em tom de brincadeira, que já o repreendeu algumas vezes: “Quando, como a maioria dos homens, ele diz ‘Amor, me traz isso?’, digo ‘Filho, vamos lá, né? Tô aqui fazendo outra coisa.’ (…) Mas ele é muito tranquilo, assim. No domingo em que a gente fica mais sozinho, ele lava louça do café”.

Falou ainda do orgulho de professar uma religião afro-brasileira, matriz importante da cultura do país, segundo Janja. Sua crença, no entanto, não a impede de admirar outras religiões e de se emocionar com seus rituais de fé. “Ser ligada a uma religião de matriz africana só me dá orgulho. Talvez isso represente um pouco do que são os brasileiros e as brasileiras. Sou aquela pessoa que se emociono na missa, com a fala do padre, e também com o tambor. Também me emociono com um hino de louvor a Deus.”

Após o fim da entrevista, Janja recebeu uma ligação de Lula (PT) ainda nos estúdios do Fantástico.

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