Em telefonema, o presidente da França Emmanuel Macron reafirma apoio a Lula contra os atos golpistas dos bolsonaristas

Luiz Inácio Lula da Silva (à esq.) e Emmanuel Macron (Foto: Ricardo Stuckert)

Os dois presidentes conversaram sobre temas como protestos terroristas e combate à fome

Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da França, Emmanuel Macron, tiveram nesta quinta-feira (26) uma conversa por telefone. Eles falaram sobre a Parceria Estratégica bilateral e temas regionais e aspectos da governança global.

De acordo com o governo Lula, os dois presidentes "concordaram sobre os riscos que pairam sobre a democracia em virtude das ações violentas de grupos de extrema direita". "Nesse contexto, discutiram a importância de se combater a desinformação".

No último dia 8, bolsonaristas invadiram o Congresso, o Planalto e o Supremo Tribunal Federal. Policiais federais investigam a participação de golpistas. Prisões foram efetuadas e inquéritos estão abertos no Judiciário brasileiro.

Segundo o governo Lula, "ao tratar de temas da governança global, concordaram sobre a importância da readequação da arquitetura financeira internacional como instrumento de financiamento da transição climática e de combate à fome e à desigualdade". "Foi lembrado que Índia e Brasil, que ocupam a presidência do G-20 neste ano e no próximo, terão papel central nesse debate", acrescentou.

Guerra na Ucrânia

O governo federal disse também que Lula e Macron conversaram sobre a "urgência em se buscar a paz entre Rússia e Ucrânia mereceu ampla troca de opiniões entre os dois mandatários". "O presidente Lula ressaltou a necessidade de maior engajamento dos líderes globais com esse objetivo, no âmbito da ONU e de um "G20 político".

Os presidentes também discorreram sobre esforços para combater a grande ameaça representada pela mudança do clima.

Lula convidou Macron para que visite o Brasil e conheça o estaleiro em Itaguaí (RJ), onde são construídos os submarinos convencionais e o submarino a propulsão nuclear fruto da cooperação bilateral.

Brasil 247