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"Privatização da Eletrobrás feita por Bolsonaro tem que ser revista depois da fraude das Americanas", diz João Paulo Pacífico

João Paulo Pacífico, Americanas e Eletrobrás (Foto: Divulgação | Reuters)

Investidor lembra que a PwC, que auditava os balanços fraudados da Americanas, fez a avaliação da estatal

O financista João Paulo Pacífico, da Gaia Investimentos, defendeu, em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, a revisão da privatização da Eletrobrás, agora que se sabe que alguns de seus principais acionistas estão diretamente envolvidos na fraude das Americanas.

"A cultura Garantia, que deu origem ao 3G, era formada por salário baixo, muita pressão e bônus altos. Um paredão empresarial. Pode funcionar no curto prazo, mas com custo muito alto. Eles colocam as pessoas para se matar para obter ganhos no curto prazo. A lógica da guerra estimula atalhos para se ganhar mais dinheiro", disse ele. Pacífico lembra que a Americanas era a décima-segunda empresa no ranking de sustentabilidade da B3 e diz que o sistema estava viciado. Ele também afirma que o caso tem semelhanças de um esquema Ponzi contra o sistema financeiro.

Na entrevista, o empresário criticou duramente a PwC, auditoria que revisava os balanços das Americanas. "O estrago da fraude contábil é muito grande. A quem interessa subavaliar a Eletrobrás?", questiona. "A privatização da Eletrobrás tem que ser revista depois da fraude das Americanas", acrescenta.

Ele também afirma que, na recuperação judicial, os trabalhadores devem ser os primeiros a receber, assim como os fornecedores. "A briga de bilionários deu visibilidade ao caso, mas neste caso a razão está com os bancos", diz ele, que também defendeu investigações criminais. "A impunidade passaria um sinal muito ruim para o mercado", aponta.

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